segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2024

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.

O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus nas postagens anteriores, cujos links podem ser acessados aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui, aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2024:


Ganhos/Gastos (comparação com 2023)


                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:   +29,51%        +3,25%       +16,41%
▲% dos Gastos:     -27,22%      +26,18%          -1,96%


Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2024      41,15%        80,64%         58,63%
2023      73,23%        65,99%         69,62%
2022      58,44%        40,16%         47,89%
2021      60,65%        80,46%         71,44%
2020      66,06%        56,58%         61,38%
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2024     58,02%        18,56%       40,55%
2023     26,64%        33,88%       30,25%
2022     41,42%        59,71%       51,98%
2021     39,11%        19,34%       28,34%
2020     31,43%        42,26%       36,83%
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2024       6,68%
2023       9,84%
2022       8,21%
2021       9,69%
2020       4,89%
2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%

Meta: 10% 

Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Comecei 2024 com uma previsão de redução de 3,46% na renda ativa. Depois de muito trabalho, acabo o ano com os dois melhores resultados semestrais na série histórica.

No entanto, para 2025, a previsão é ainda mais desafiadora, para não dizer catastrófica: caso permaneça em berço esplêndido, a queda esperada é de 20,27%.

Assim, incrementar a renda ativa segue sendo um dever.


Com relação aos Gastos:

Como o cenário base para os próximos semestres segue sendo de queda na renda ativa, uma boa forma de contorná-lo é atuar de forma inteligente nas despesas.

Vendo os números produzidos no semestre que passou, não aparenta ter sido esta a opção adotada por aqui.rs

Contudo, aproveitei o atingimento das metas estabelecidas para resolver algumas pontas soltas aqui em casa. E estou muito feliz com esta decisão.

Para 2025 o objetivo será encerrar abaixo do percentual estabelecido - situação que, analisando apenas os números recorrentes, foi alcançada com folga nos últimos dois anos.


Com relação aos Aportes:

O aporte de dinheiro novo no semestre ficou 40,37% abaixo do realizado no mesmo período de 2023. No entanto, o resultado anual foi 59,91% superior ao do ano anterior e a meta de quantidade de ações foi batida com bastante folga (111,63%).

Como já havia explicado nos posts anteriores, as metas foram todas refeitas (para cima), então 2025 será importante para saber se elas poderão ou não ser alcançadas.


Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra, declarado no IRPF) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve uma redução de 42,41% nos proventos recebidos quando comparados ao segundo semestre de 2023. No ano, o resultado foi 19,99% menor que no ano anterior.

Levando em consideração que 2023 foi um ano atípico, com muitos pagamentos extraordinários, considero o resultado alcançado como excelente.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 24,75% dos Gastos no semestre (40,72% no ano).

Mas o mais legal é que o reinvestimento da renda passiva vem ganhando corpo. Este semestre ele representou 50,50% do capital investido (36,49% no ano). 

Isso vem sendo fundamental para turbinar a compra de novos ativos, o que termina por incrementar a renda passiva dos próximos semestres.

Em outras palavras, a bola de neve só faz crescer.



Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.


A meta de crescimento do patrimônio para 2024 era a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano que passou ele cresceu 3,64%. E agradeço por ter ficado no positivo, porque desde outubro a cotação dos ativos só fez derreter.


A divisão da carteira para 2024 ficou assim estabelecida: 80% ações e 20% TD. Mesmo aportando dinheiro novo em renda fixa, a diferença entre ambas permaneceu praticamente a mesma (91,25% e 8,75%). 

Nos últimos seis meses de 2024 não houve troca de ativos na carteira, apenas acumulação daqueles que já faziam parte da mesma. Os aportes reforçaram as posições de Ambev, B3, Grendene, Lojas Renner, Metal Leve, M. Dias Branco e Vale.

Itaú, Porto Seguro e Taesa seguem sem novos aportes desde o primeiro semestre de 2024; já a Weg, desde 2018.

Para o semestre que se inicia já foram reinvestidos os cupons do Tesouro Direto em novas NTN-F 010135. Além disso, prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento).

Não planejo vender nenhum ativo; a tendência, hoje, é seguir incrementando as posições já possuídas e, havendo uma oportunidade, acrescentar algum(ns) ativo(s) à carteira. 

Bom, era isso. Desejo a todos um excelente 2025!

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