sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fechamento - Junho 2013

Conjuntura

Metade do ano se foi. Um ano que vem sendo péssimo para a rentabilidade do capital, esteja ele aplicado em renda fixa (TD) ou variável (FII, Fundos e Ações).

Mas... será mesmo algo tão ruim assim esta correção?

Para quem começou a investir nos últimos 3 anos, esta queda ininterrupta do Ibovespa parece uma história sem fim. Uma novela com final infeliz, apesar de não ter ainda uma data para acabar.

Para quem teve o (des)prazer de estar comprado em 2008, este é um filme que se repete. Períodos de grande valorização são seguidos de períodos de grandes perdas. Faz parte do ciclo financeiro que o mercado sofra correções, até para que ganhe fôlego - se capitalize - e depois volte a crescer mais uma vez.

Como todos sabem, é a dicotomia entre a ganância e a aversão ao risco que ditam o volume de capital empregado nos mais diversos setores de uma economia. Hoje vemos uma fuga de capitais de nosso país, o que vem forçando o preço dos ativos brasileiros para baixo. Como os fundamentos da maior parte deles continua bom, isto é ruim só para quem precisa vendê-los agora. Da mesma forma que foi ruim para quem teve obrigatoriamente de vendê-los no final de 2008.

Não estou afirmando que em 2014 tudo irá subir, como ocorreu em 2009. Pela conjuntura de nosso país, isto dificilmente acontecerá na mesma proporção. Acredito que estes períodos de queda são importantes para consolidarmos nossas estratégias, ainda mais quando o que os analistas veem pela frente se assemelha a um grande precipício. Soa mais como exagero, não como constatação.

Movimentações da carteira

A despeito da conjuntura econômica e política (esta vou me abster de comentar), o planejamento traçado seguiu seu curso e o aporte mensal seguiu destinado a XPGA11, circunstância que vem se repetindo desde fevereiro.

Da mesma maneira, o aporte residual serviu, mais uma vez, para incrementar a quantidade de CRUZ3 que possuo, consolidando uma posição relevante deste ativo na minha carteira.

A novidade ficou no preço de compra, bem abaixo de todos os aportes feitos nestes papéis em 2013. Se por um lado prejudica a rentabilidade do capital já empenhado, por outro torna mais eficiente o dinheiro novo que destino religiosamente para a carteira.

Agora o objetivo do aporte passa a ser reequilibrar a carteira de FII (no momento está 70/30), comprando BCFF11b. O fato deste FII estar sendo negociado nos últimos dias abaixo do seu valor patrimonial será um motivador para que se tente concluir tal objetivo no menor tempo possível.

Há quem questione a opção por fundos de papel, mas até o momento tem se mostrado uma boa opção de investimento. Com proventos beirando os 0,8% a.m.(1), papéis com uma valorização menor que os FIIs de tijolo (2) e  uma quantidade maior de negociações em bolsa (3), estes ativos têm demonstrado um excelente custo-benefício.

Cabe ressaltar que não estou desmerecendo os FII de tijolo, o problema é que, mesmo com as desvalorizações que tiveram nestes últimos dois meses, ainda não vejo neles uma janela de oportunidade tão boa quanto a dos FII de papel.

Falando em janela de oportunidade, hoje é possível dizer que se vê luz no fim do túnel da Renda Fixa. Não existe papel no TD que não esteja atrativo, e a tendência de 2013 é que as taxas continuem subindo, mas numa velocidade menor da que tivemos nos últimos 3 meses.

Como no mês de julho são creditados os rendimentos das minhas NTNFs e seu preço de compra se encontra abaixo do valor de face, não perderei tempo fazendo contas: programei o reinvestimento e de lambuja economizarei nas taxas decorrentes da operação.

Cumpre ressaltar que o planejamento previa uma redução drástica na RF exatamente pelo valor elevado que se encontravam os títulos e seu baixo rendimento até o momento não incentivavam uma alteração na estratégia. Agora, caso os NTNBs e NTNBs Principais fiquem com taxas acima de 6% e as LTNs acima de 12%, a conversa mudará completamente de figura. Tanto é assim que o Governo andou intervindo no Tesouro Direto, forçando as taxas para baixo.

Enquanto isso não acontece, a economia nas compras do mês aliada à entrada de proventos e alguns extras - este mês destaca-se a restituição de IR - me ajudaram a acrescentar mais um ativo à carteira: agora sou também sócio do Banco do Brasil (BBAS3), a qual compartilhará com Souza Cruz as atenções dos aportes residuais a partir de julho.

Tudo correndo dentro do desejável, em dezembro eu terei pelo menos 5% de participação individual na carteira de ações. Caso dê a sorte de alcançar 10% em BBAS3 e CRUZ3, poderei vislumbrar já em 2014 a adição de uma 7ª ação em carteira (o objetivo é ter, no máximo, 10 empresas encarteiradas, mas sempre mantendo o foco e o percentual mínimo em cada ativo).

Sem mais delongas, vamos aos números:

Utilizando o sistema de cotas do amigo Além da Poupança, minha carteira amargou -5,33% no mês e -14,16% no ano. Nem o aporte mais generoso segurou o tombo desta vez.

Desta forma, a carteira terminou junho assim:



Na divisão com base nos ativos, estou no momento com 33,5% CMIG3; 29,7% VALE5; 20,6% WEGE3; 9,2% ELPL4; 6% CRUZ3 e 1,1% BBAS3.

Para finalizar, ouso responder a pergunta feita lá em cima, no começo do post, parafraseando  o discurso de Churchill, ao final da segunda batalha de El Alamein: "[...]este não é o fim, não é nem o começo do fim, mas é, talvez, o fim do começo".

Eu não acredito que tudo se resolveu, como num passe de mágica. Muita água há de passar por baixo desta ponte até que as economias de EUA, Europa, Japão, China, Brasil... voltem aos eixos. Mas acho que o pior já passou. Se ainda cairmos, não será na intensidade ou na força vendedora existentes em maio ou junho.

Por isso sigo comprando, e não vendendo meus ativos, na certeza de que cada real investido hoje fará muita diferença no longo prazo. Abraço e desejo sincero de um ótimo segundo semestre para todos!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nova Aquisição: Banco do Brasil BBAS3

Boa noite a todos.

Como já havia explicado em posts anteriores, possuo dois objetivos para 2013: diversificar a carteira e também diversificar os ativos pertencentes a cada subdivisão dela.

Aproveitando uma contingência de mercado, a saber, queda de quase 15% no ano (mais de 16% só em junho) e retorno da cotação a patamares de 2012, senti que seria uma boa oportunidade para continuar a alocação de ativos, desta vez adicionando as primeiras ações do Banco do Brasil (BBAS3) à carteira de Renda Variável.

Facilitou a entrada neste momento o fato do Banco ter de colocar em seus balanços futuros o IPO da sua seguradora, forçando um aumento dos seus proventos absolutos mesmo que o Governo confirme a ameaça de redução do percentual de lucro total distribuído aos acionistas.

Cumpre ressaltar que, caso as ações da carteira confirmem sua agenda de pagamentos nos mesmos moldes de anos anteriores, e não vislumbro razão para acreditar em eventual retrocesso, em 2013 só não receberei proventos de RV no mês de fevereiro. Ponto para minha estratégia de fluxo de caixa e para o meu planejamento de médio-longo prazo.


Para o segundo semestre, o foco vai ser buscar um percentual relevante para o ativo (pelo menos 5% da carteira de ações), nos mesmos moldes do que foi feito a partir de março, quando comecei a adquirir papéis da Souza Cruz.

Mais informações serão dadas no fechamento de junho. Abraço!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Proventos e Investimentos - Junho 2013

Nestes primeiros 10 dias de junho muitas notícias ruins assombraram a renda variável brasileira. Para resumir, mal o mês começou e já tenho certeza de que será outro em que minha carteira ficará no vermelho, salvo uma reviravolta nos moldes da que aconteceu no final do mês de maio.

Conforme o planejamento de curto prazo (2013), o aporte de junho será o último focado em XPGA11. A partir de julho, o foco será BCFF11b até que se reequilibrem na carteira estes dois ativos (contando o aporte de junho, a proporção está em 75/25).

Este mês a carteira terá proventos de XPGA11 (R$1,00/cota), BCFF11b (R$0,69/cota)  e CMIG3(dividendos de R$0,71/ação + parcela JCP R$0,16 por ação + pagamento da venda de fração da bonificação, no valor unitário de R$23,87 por ação).  As duas primeiras pagarão no dia 14/06; a terceira, no dia 27/06.

Não bastasse isso, recebi SMS da Receita Federal no dia de hoje (10/06) informando que a minha restituição se encontra no primeiro lote e será creditada no dia 17/06. Ponto para a minha organização, que me permitiu enviar a declaração ainda no primeiro dia.

Somando tudo isso, terei condições de investir um pouco mais em junho. Provavelmente, em mais algumas ações da CRUZ3 no fracionário e, com alguma sorte, vou poder adicionar um novo ativo à carteira.

Apesar de todo este medo que espreita a bolsa nacional, penso que estamos muito distantes do pânico que imperou em nosso mercado em 2008. Não acredito em quebradeira, principalmente quando tratamos de empresas e fundos que trabalham dentro de normas tão rígidas como a brasileira. Em outras palavras, tenho plena confiança de que quem estiver comprando neste momento agregará mais valor a sua carteira no longo prazo, pois está adquirindo o mesmo papel por um preço melhor.

Para finalizar, fico muito feliz em poder compartilhar com os amigos que julho será o quinto mês seguido onde o meu aporte será maior do que o valor mínimo estabelecido no final do ano passado: já agendei o reinvestimento dos cupons de NTNF que eu possuo no Tesouro Direto. E agora torço para que o preço do NTNF010123 continue caindo hehehe, grande abraço a todos!