Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.
O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus aqui, aqui e aqui a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"
Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2014:
Ganhos/Gastos (comparação com 2013)
(1° sem) (2° sem) (anual)
▲% dos Ganhos: +7,07% +13,89% +10,96%
▲% dos Gastos: -4,07% +56,33% +18,92%
Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2014 43,45% 30,71% 35,98%
2013 48,49% 22,37% 33,58%
2012 45,91% 15,52% 27,45%
2011 67,71% 24,09% 40,11%
2010 66,53% 30,70% 44,55%
2009 80,14% 34,32% 51,25%
Meta: 30%
Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2014 45,53% 57,84% 52,23%
2013 34,04% 65,88% 52,60%
2012 42,67% 67,89% 56,12%
2011 16,89% 67,45% 48,36%
2010 26,80% 61,16% 46,93%
2009 14,36% 59,37% 45,18%
Renda Passiva (Yield) da Carteira:
2014 10,14%
2013 11,82%
2012 9,17%
2011 7,52%
2010 5,00%
2009 8,89%
Meta: 10%
Uma vez apresentados os resultados, passo a comentá-los.
Com relação aos Ganhos:
- troquei de emprego em novembro. Como consequência, minha renda foi incrementada por duas frentes: novo salário + benefícios devidos pelo empregador anterior.
- ainda tenho valores a receber decorrentes do meu antigo plano de previdência complementar, o que deverá acontecer ainda no 1º semestre de 2015.
Com relação aos Gastos:
- como consequência da minha nova realidade, 1/3 dos meus gastos em 2014 foram feitos apenas nos dois últimos meses do ano. Mudança custa caro!
- numa previsão conservadora, calculo que meu custo de vida cresça 50% em 2015, fruto das despesas decorrentes dessa minha nova realidade.
- diante desse novo cenário tive de revisar a meta dos Gastos para os próximos semestres (era 30% e passou a ser de 40% dos Ganhos).
Com relação aos Aportes:
- o planejamento aqui mostrou mais uma vez seu valor: apesar de problemas técnicos de novembro terem me impossibilitado de investir o montante referente dentro do mês, em nenhum momento do ano tive dificuldade para separar o dinheiro do aporte.
- com a troca de emprego espero incrementar o valor do aporte, e este é um dos motivos que me farão buscar um maior controle das despesas variáveis em 2015.
Com relação ao Yield:
- a meta de 10% foi alcançada no apagar das luzes de 2014, com o pagamento de dividendos extraordinários da Cemig.
- em valores absolutos houve um aumento de 14,78% nos proventos quando comparado com o resultado de 2013 e o valor creditado ainda foi capaz de cobrir a totalidade das despesas do ano (para ser exato, 105,10%). Assim, pelo 4° semestre consecutivo, minha carteira foi autossuficiente.
- o cálculo do Yield aqui apresentado tem por base o patrimônio bruto do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado no fechamento mensal tem por base o patrimônio bruto do fechamento do mês em questão. Por isso a diferença nos valores apresentados.
Analisadas essas 4 variáveis, passo a fazer mais alguns esclarecimentos.
A meta de crescimento da carteira para 2015 é mesma dos anos anteriores: 30%. Em 2014 ela cresceu 17,64%.
Os aportes do 2° semestre foram destinados para 8 das 9 ações da carteira (Ambev, Cielo, Souza Cruz, Eletropaulo, Eternit, Grendene, Itaú Unibanco e Vale do Rio Doce). Só não aportei em Cemig pela sua alta concentração no portfólio, mas vontade não me faltou.
Em julho houve também o reinvestimento dos cupons do TD em NTN-F 010125. E em agosto fiz a única mudança da carteira: troquei Natura por Cielo.
Para 2015 já reinvesti os cupons do TD e prosseguirei com o rebalanceamento da carteira. Com o incremento da renda, controle das despesas e alguma sorte, talvez eu consiga terminar mais uma etapa desta caminhada ainda em 2015, com o tão esperado acréscimo do 10° ativo à minha carteira de ações.
Candidatas para ser meu 10° ativo: NATU3, PSSA3, SBSP3, HGTX3, CCRO3 e MDIA3.
O rebalanceamento completo envolve também investimentos em TD e FII. Eles serão feitos posteriormente, por entender que o momento seja mais favorável ao investimento em ações.
Já a divisão da carteira para 2015 ficou estabelecida em 75% Ações, 15%
TD e 10% FII. Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encoraja a correr.
Para concluir...
Depois de dois anos aproveitando os benefícios de uma relativa IF nas minhas finanças (em 2013 os proventos perfizeram 108,89% dos Gastos; em 2014, 105,10%), começo 2015 com o ambicioso objetivo de mantê-la.
Devido às circunstâncias extraordinárias advindas da minha nova realidade econômica, estimo a necessidade de incrementar a renda passiva entre 25% a 30% para que os proventos continuem a fazer frente às despesas.
Analisando apenas o resultado de 2014, cujo crescimento dos proventos foi de 14,78%, eu necessitaria de 2 anos para voltar ao ponto de equilíbrio. O desafio está lançado e será uma motivação a mais alcançá-lo novamente - agora num patamar salarial ligeiramente superior.
Bem, era isso. Desejo a todos um excelente primeiro semestre!