Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.
O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.
Como já expus aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"
Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2019:
Ganhos/Gastos (comparação com 2018)
(1° sem) (2° sem) (anual)
▲% dos Ganhos: +4,93% +3,74% +4,31%
▲% dos Gastos: +5,07% -14,21% -4,24%
*estimativa
Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2019 78,86% 55,52% 66,73%
2018 78,76% 67,14% 72,69%
2017 81,10% 61,56% 69,96%
2016 73,14% 68,47% 70,71%
2015 49,05% 49,20% 49,12%
2014 43,45% 30,71% 35,98%
2013 48,49% 22,37% 33,58%
2012 45,91% 15,52% 27,45%
2011 67,71% 24,09% 40,11%
2010 66,53% 30,70% 44,55%
2009 80,14% 34,32% 51,25%
*estimativa
Meta: 50%
Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2019 20,86% 44,22% 32,99%
2018 18,46% 31,73% 25,39%
2017 13,97% 35,84% 26,43%
2016 30,20% 19,73% 24,76%
2015 46,76% 48,74% 47,68%
2014 45,53% 57,84% 52,23%
2013 34,04% 65,88% 52,60%
2012 42,67% 67,89% 56,12%
2011 16,89% 67,45% 48,36%
2010 26,80% 61,16% 46,93%
2009 14,36% 59,37% 45,18%
Renda Passiva (Yield) da Carteira:
2019 5,98%
2018 6,20%
2017 3,73%
2016 3,51%
2015 4,35%
2014 10,14%
2013 11,82%
2012 9,17%
2011 7,52%
2010 5,00%
2009 8,89%
Meta: 5%
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.
Com relação aos Ganhos:
Como já dito nos planejamentos anteriores, a previsão inicial era de
queda na renda ativa em 2019. Este fato, aliado ao aumento dos gastos e à consequente redução dos aportes, fez com que uma luz amarela se acendesse... bem na minha cara.
Assim, posso afirmar que a variação positiva da renda ativa em 2019 foi uma
grande vitória pessoal, pois provou que um bom planejamento prevê os problemas a tempo dos mesmos serem contornados.
Agora o desafio segue na manutenção deste crescimento, uma vez que a projeção aponta um 2020 novamente desafiador.
Com relação aos Gastos:
Em um período reconhecidamente desafiador no incremento da renda ativa, o controle das despesas fez toda a diferença: percentualmente, fecho 2019 na menor relação ganhos/gastos desde 2015; já em valores absolutos, fecho o ano com uma redução de quase 15% quando comparado a 2018.
Agora é manter o foco, buscando otimizar ainda mais as despesas pessoais e retornar ao patamar de anos anteriores, mas sem grandes privações - a exemplo do que foi este ano.
Com relação aos Aportes:
O aporte semestral ficou 68,31% acima do planejado e, no histórico, 0,51% acima da meta
decenal (2015-2024).
Fruto direto do ajuste dos gastos nos dois últimos semestres, o retorno dos aportes ao planejamento de longo prazo demonstra o comprometimento necessário para se alcançar os objetivos financeiros - inclusive para que se tenha alguma chance de antecipá-los. A conferir.
Com relação ao Yield:
A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo
mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento
do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto
(preço de compra) do fechamento do mês em questão.
Em valores absolutos, houve uma queda de 20,21% nos proventos
recebidos quando comparados ao segundo semestre de 2018. Ainda assim, o resultado final é 7,91% superior ao do ano passado inteiro - e 5,84% superior a 2014, até então o meu melhor ano de renda passiva.
Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que
eles corresponderam a 30,90% dos Gastos no semestre (35,70% no ano).
Um crescimento expressivo com relação aos anos anteriores, mas ainda
distante do cenário existente em 2014, onde esses mesmos valores foram capazes
de arcar com a totalidade das despesas anuais.
Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.
A meta de crescimento do patrimônio para 2020 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano que passou ele cresceu 34,96%.
A divisão da carteira para 2020 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em dezembro de 2019 ela se distanciou ainda mais disso (89,14% e 10,86%).
Sei que a concentração em RV é uma opção arriscada, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio e minha pouca idade me encorajam a correr.
Já o momento da bolsa melhorou mais do que a minha margem de tolerância, e isso abriu espaço para retomar os aportes na renda fixa a partir de 2020.
Nos últimos seis meses de 2019 não houve acréscimos à carteira, apenas rebalanceamentos. Os aportes reforçaram as posições de M. Dias Branco, Porto Seguro, Taesa e Vale.
Weg e Cielo foram as únicas ações que não receberam aportes em 2019.
Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do TD (NTN-F 010129) e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento).
Não planejo vender nenhum ativo, mas estou ciente de que pelo menos parte do aporte mensal será destinado para a renda fixa.
Bom, era isso. Desejo a todos um ótimo primeiro semestre!