Uma vez apresentadas as
variáveis, passo a comentá-las.
Com relação aos Ganhos:
Da mesma forma que
ocorreu em 2016, a renda deste ano decorreu essencialmente do meu salário. Eu
até contava com uma boa renda extraordinária (FGTS) mas, como houve a compra do
carro, acabei anulando a receita/despesa decorrente dessas duas operações, como
forma de não distorcer percentualmente os números apresentados.
Para 2018 também não
espero receitas extraordinárias, tampouco um grande incremento no salário, o
que torna o controle das despesas fundamental para que eu consiga buscar a meta
de longo prazo para os gastos (50% das receitas).
Com relação aos Gastos:
Não houve descontrole
aqui, mas consolidação de nova mudança de patamar. Feliz e infelizmente.
No primeiro semestre,
as despesas cresceram como consequência da compra de um automóvel (combustível,
seguro, impostos etc). Possuir carro no Brasil é um luxo mesmo no meu caso,
onde ele era, é e continuará sendo essencial para o bom desempenho da minha
principal fonte de renda.
No segundo semestre
houve uma pequena queda ordinária nesta variável (-1,42%), agora
acrescida dos custos decorrentes do meu deslocamento diário para o trabalho.
O que impactou
extraordinariamente aqui foi o planejamento das férias de 2018, cujas despesas
com passagens, estadia e seguro viagem já foram pagas - à vista.
Assim, o foco agora é
ampliar o controle sobre o consumo e assegurar que o aumento do meu custo de
vida tenha sido exagerado e que ele também tenha ficado para trás.
Com relação aos Aportes:
A meta de aporte anual ficou 16,39% abaixo do planejado, em grande parte devido
às despesas decorrentes da aquisição do veículo nos primeiros 6 meses de 2017
e, em menor parte, ao planejamento das minhas férias deste ano.
Analisando a meta
decenal (2015-2024), mesmo a tendo descumprido em dois dos seus três primeiros
anos, o total aportado representa 97,53% do planejado.
Uma diferença pequena,
que pretendo compensar este ano com alguma folga.
Com relação ao Yield:
A base de cálculo do
Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em
conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do ano anterior; já o
Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do
fechamento do mês em questão.
Em valores absolutos,
houve um acréscimo de 20,33% nos proventos recebidos quando comparados ao mesmo
período de 2016 (+25,31% no ano). Também em valores absolutos, isso corresponde
a 20,98% dos Gastos no semestre (22,86% no ano).
Como a meta é alcançar 100% das despesas, posso dizer que me faltam 4/5 de
renda passiva para ser financeiramente independente. Falta muita coisa? Sim...
mas sigo avançando na direção correta.
Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.
Nos últimos 3 anos
ocorreram mudanças importantes na minha vida.
Muitas coisas aconteceram no campo pessoal e profissional que acabaram
impactando o planejamento financeiro... se por um lado estas mudanças
incrementaram a minha renda, por outro criaram novos desafios para o controle
das minhas despesas.
A meta de crescimento do patrimônio para 2017 foi alcançada: 32,56% (meta -
30%).
A divisão da carteira para 2017 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD.
Em dezembro ela se manteve perto disso (87-13).
Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho
ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me
encorajam a correr.
Este ano abandonei as posições de Eternit e BCFF11b (março), XPGA11
(abril), Cemig (outubro) e Eletropaulo (novembro). Por outro lado, abri
posição em Taesa (abril) e M. Dias Branco (novembro).
Os aportes do 2° semestre foram destinados para Ambev, Cielo, Grendene, M. Dias
Branco, Portobello, Taesa, Vale e Weg. Também houve antecipação da
recompra de NTN-F 010127 em dezembro. Em 2017 só não houve aporte em Itaú.
No caso da Vale: mesmo
com a compra efetuada, a quantidade de ações foi reduzida devido à conversão
das PN em ON.
Para o próximo semestre a meta é prosseguir com o balanceamento da carteira,
nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). O acréscimo de um
novo papel não está descartado, uma vez que o ideal, no meu ponto de vista, são
10 ativos na RV.
Bem, era isso. Desejo a todos um 2018 excepcional!