Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.
O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"
Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 1° semestre de 2017:
Ganhos/Gastos (comparação com 2016)
(1° sem) (2° sem) (anual)
▲% dos Ganhos: +19,31% +36,43%* +28,24%*
▲% dos Gastos: +32,30% +3,49%* +17,75%*
*estimativa
Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2017 81,10% 51,94%* 64,93%*
2016 73,14% 68,47% 70,71%
2015 49,05% 49,20% 49,12%
2014 43,45% 30,71% 35,98%
2013 48,49% 22,37% 33,58%
2012 45,91% 15,52% 27,45%
2011 67,71% 24,09% 40,11%
2010 66,53% 30,70% 44,55%
2009 80,14% 34,32% 51,25%
*estimativa
Meta: 50%
Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2017 13,97% 49,18%* 33,50%*
2016 30,20% 19,73% 24,76%
2015 46,76% 48,74% 47,68%
2014 45,53% 57,84% 52,23%
2013 34,04% 65,88% 52,60%
2012 42,67% 67,89% 56,12%
2011 16,89% 67,45% 48,36%
2010 26,80% 61,16% 46,93%
2009 14,36% 59,37% 45,18%
*estimativa
Renda Passiva (Yield) da Carteira:
2017 2,01%*
2016 3,51%
2015 4,35%
2014 10,14%
2013 11,82%
2012 9,17%
2011 7,52%
2010 5,00%
2009 8,89%
*até junho
Meta: 10%
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.
Com relação aos Ganhos:
Como já havia adiantado em posts anteriores, o tempo de vacas magras acabaram. Se em 2015 o crescimento das receitas decorreu principalmente de forma extraordinária (o que fez com que os números deixassem muito a desejar em 2016), este ano o crescimento ocorrerá pelo aumento em definitivo do contracheque, fruto de um novo emprego mais rentável.
Com relação aos Gastos:
Não houve descontrole aqui, mas consolidação de nova mudança de patamar. Infelizmente.
As boas notícias do ano (FGTS + emprego novo) foram acompanhadas da necessidade de se adquirir um veículo, essencial para que eu pudesse me deslocar até o trabalho.
De qualquer forma, o foco agora é aproveitar o incremento em definitivo na renda ativa e assegurar que as despesas primeiro estabilizem, para depois começarem uma consistente trajetória de queda.
Com relação aos Aportes:
A meta de aporte semestral ficou muito, mas muito prejudicada com a aquisição do veículo, que acabou reduzindo a aplicação de dinheiro novo em 2/3 nos primeiros 6 meses de 2017.
Mas há uma boa notícia aqui... como as despesas maiores do veículo se concentraram no primeiro semestre, sigo confiante em alcançar a meta anual - com alguma folga.
Com relação ao Yield:
A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto do fechamento do mês em questão.
Em valores absolutos, houve um acréscimo de 57,53% nos proventos recebidos quando comparados ao mesmo período de 2016. Também em valores absolutos, isso corresponde a 24,77% dos Gastos no semestre.
Como a meta do Yield é alcançar 100% das despesas, posso dizer que me faltam 3/4 de renda passiva para ser financeiramente independente. Falta muita coisa? Sim... mas seguimos avançando na direção correta.
Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.
Defini 2016 como um ano fora da curva. Muitas coisas aconteceram no campo pessoal que acabaram impactando negativamente o meu planejamento financeiro.
Como estes percalços teriam de ser trilhados em algum momento, fico feliz por tê-los encarado logo de uma vez.
É o que costumo repetir: uma foto ruim não tem o poder de estragar um filme bom.
E 2017, pelo menos até o primeiro semestre, demonstra que o pior já passou. Ainda bem.
Como forma de não poluir demais os números num jogo de soma 0, eu acabei não acrescentando aos Ganhos o valor recebido do FGTS e aos Gastos o valor equivalente disso na aquisição do automóvel. Até porque não conto o valor dispendido no automóvel como patrimônio.
A meta de crescimento do patrimônio para 2017 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No semestre ela cresceu 13,69%.
A divisão da carteira para 2017 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em junho ela se manteve perto disso (85-15).
Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encorajam a correr.
Os aportes do 1° semestre foram destinados para Ambev, Cielo, Portobello e Taesa. Também houve recompra de NTN-F 010127 em janeiro.
Repetindo o primeiro semestre de 2016, não ocorreram mudanças na carteira de ações nos 6 últimos meses, apenas reforços nos ativos previamente escolhidos.
Para o próximo semestre já reinvesti os cupons do TD (NTN-F 010127) e prosseguirei com o rebalanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo.
Bem, era isso. Desejo a todos um excelente segundo semestre!