Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.
O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus aqui, aqui, aqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"
Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 1° semestre de 2015:
Ganhos/Gastos (comparação com 2014)
(1° sem) (2° sem) (anual)
▲% dos Ganhos: +76,53% +7,27%* +35,93%*
▲% dos Gastos: +99,29% +57,81%* +78,54%*
*estimativa
Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2015 49,05% 45,18%* 47,26%*
2014 43,45% 30,71% 35,98%
2013 48,49% 22,37% 33,58%
2012 45,91% 15,52% 27,45%
2011 67,71% 24,09% 40,11%
2010 66,53% 30,70% 44,55%
2009 80,14% 34,32% 51,25%
*estimativa
Meta: 40%
Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:
(1º sem) (2° sem) (anual)
2015 46,76% 53,00%* 50,00%*
2014 45,53% 57,84% 52,23%
2013 34,04% 65,88% 52,60%
2012 42,67% 67,89% 56,12%
2011 16,89% 67,45% 48,36%
2010 26,80% 61,16% 46,93%
2009 14,36% 59,37% 45,18%
*estimativa
Renda Passiva (Yield) da Carteira:
2015 2,64%
2014 10,14%
2013 11,82%
2012 9,17%
2011 7,52%
2010 5,00%
2009 8,89%
Meta: 10%
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.
Com relação aos Ganhos:
A troca de emprego em novembro fez com que a minha renda ativa desse um salto no 1º semestre - e pouco avance no 2º. Isso decorre, basicamente, dos valores extraordinários recebidos quando da rescisão, bem como da liberação do capital antes imobilizado no plano de previdência privado do meu antigo emprego.
Com relação aos Gastos:
Despesas com aluguel, condomínio e serviços essenciais entraram definitivamente no meu orçamento. Isso fez com que meu consumo mensal praticamente dobrasse na comparação semestral.
Estas despesas surgiram a partir de novembro de 2014. Logo, seu reflexo será sentido em ambos os semestres deste ano.
Com relação aos Aportes:
Falta pouco para que eu alcance a meta de aporte anual (valores absolutos).
Devido à origem de boa parte dos valores já aportados ser extraordinária, não me é possível alterar a meta estabelecida.
Com relação ao Yield:
Em valores absolutos, houve uma redução de 40,43% nos proventos recebidos quando comparados com o mesmo período de 2014. Em valores absolutos, isso corresponde a 30,71% dos Gastos.
A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente; aqui ela tem por base o patrimônio bruto do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado no fechamento mensal tem por base o patrimônio bruto do fechamento do mês em questão.
Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.
A meta de crescimento da carteira para 2015 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No primeiro semestre ela cresceu 23,91%.
A divisão da carteira para 2015 ficou assim estabelecida: 75% Ações, 15% TD e 10% FII. Até junho ela ficou longe disso (79-13-8) pela minha opção de priorizar os aportes em ações.
Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encorajam a correr.
Os aportes do 1° semestre foram destinados para Ambev, Cielo, Eletropaulo, Eternit, Grendene, Itaú Unibanco e Vale do Rio Doce. Também houve o reinvestimento dos cupons do TD em NTN-F 010125.
Ocorreram mudanças na carteira de ações: vendi minha posição em Souza Cruz (culpa da OPA divulgada pela empresa) e montei posição em Weg; também decidi diversificar um pouco mais no setor de construção civil e resolvi abrir posição em Portobello, tudo isso em abril.
Para o segundo semestre já reinvesti os cupons do TD e prosseguirei com o rebalanceamento da carteira de ações, mas já não descarto uma nova investida em TD e FII para o segundo semestre de 2015.
Já a meta da renda passiva está distante. Muito distante...
Depois de dois anos aproveitando os benefícios de uma relativa IF (em 2013 os proventos perfizeram 108,89% dos Gastos; em 2014, 105,10%), até aqui a renda passiva só foi capaz de fazer frente a cerca de 1/3 das minhas despesas.
Devido às circunstâncias advindas da minha nova realidade econômica, este descompasso era esperado. Tanto que já havia comentado a respeito no planejamento de janeiro passado.
Infelizmente, os proventos recebidos foram muito menores neste semestre, o que me distanciou ainda mais deste objetivo.
De toda forma, tenho fé no planejamento estabelecido e plena certeza de que, mantidos o foco e o esforço individual, conseguirei recuperar as margens momentaneamente perdidas. É uma questão de reequilíbrio de forças, agora num patamar mais elevado - e mais próximo dos meus objetivos de longo prazo.
Bem, era isso. Desejo a todos um excelente segundo semestre!