sábado, 11 de janeiro de 2020

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2020

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.

O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2019:

Ganhos/Gastos (comparação com 2018)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:    +4,93%         +3,74%         +4,31%
▲% dos Gastos:     +5,07%        -14,21%          -4,24%
*estimativa

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%
*estimativa

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%


Meta: 5% 
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.

Com relação aos Ganhos:

Como já dito nos planejamentos anteriores, a previsão inicial era de queda na renda ativa em 2019. Este fato, aliado ao aumento dos gastos e à consequente redução dos aportes, fez com que uma luz amarela se acendesse... bem na minha cara.

Assim, posso afirmar que a variação positiva da renda ativa em 2019 foi uma grande vitória pessoal, pois  provou que um bom planejamento prevê os problemas a tempo dos mesmos serem contornados.

Agora o desafio segue na manutenção deste crescimento, uma vez que a projeção aponta um 2020 novamente desafiador.

Com relação aos Gastos:

Em um período reconhecidamente desafiador no incremento da renda ativa, o controle das despesas fez toda a diferença: percentualmente, fecho 2019 na menor relação ganhos/gastos desde 2015; já em valores absolutos, fecho o ano com uma redução de quase 15% quando comparado a 2018.

Agora é manter o foco, buscando otimizar ainda mais as despesas pessoais e retornar ao patamar de anos anteriores, mas sem grandes privações - a exemplo do que foi este ano. 

Com relação aos Aportes:

O aporte semestral ficou 68,31% acima do planejado e, no histórico, 0,51% acima da meta decenal (2015-2024).

Fruto direto do ajuste dos gastos nos dois últimos semestres, o retorno dos aportes ao planejamento de longo prazo demonstra o comprometimento necessário para se alcançar os objetivos financeiros - inclusive para que se tenha alguma chance de antecipá-los. A conferir.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve uma queda de 20,21% nos proventos recebidos quando comparados ao segundo semestre de 2018. Ainda assim, o resultado final é 7,91% superior ao do ano passado inteiro - e 5,84% superior a 2014, até então o meu melhor ano de renda passiva.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 30,90% dos Gastos no semestre (35,70% no ano).

Um crescimento expressivo com relação aos anos anteriores, mas ainda distante do cenário existente em 2014, onde esses mesmos valores foram capazes de arcar com a totalidade das despesas anuais.


Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2020 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano que passou ele cresceu 34,96%.

A divisão da carteira para 2020 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em dezembro de 2019 ela se distanciou ainda mais disso (89,14% e 10,86%).

Sei que a concentração em RV é uma opção arriscada, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio e minha pouca idade me encorajam a correr. 

Já o momento da bolsa melhorou mais do que a minha margem de tolerância, e isso abriu espaço para retomar os aportes na renda fixa a partir de 2020.

Nos últimos seis meses de 2019 não houve acréscimos à carteira, apenas rebalanceamentos. Os aportes reforçaram as posições de M. Dias Branco, Porto Seguro, Taesa e Vale.

Weg e Cielo foram as únicas ações que não receberam aportes em 2019.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do TD (NTN-F 010129) e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). 

Não planejo vender nenhum ativo, mas estou ciente de que pelo menos parte do aporte mensal será destinado para a renda fixa. 

Bom, era isso. Desejo a todos um ótimo primeiro semestre!

3 comentários:

  1. Muito bom essa redução de gastos no segundo semestre. Meus gastos tem ficado de forma constante e como minha renda ativa não sobe, conto com a redução dos gastos e aumento da renda passiva para aumento nos aportes. Abraço e feliz 2020.

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    1. Boa noite, Beto!

      Como somos servidores públicos, estamos no mesmo barco. Foco precisa estar nos gastos, porque a renda ativa, quando sobe, mal dá inflação.

      Abraço!

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  2. Feliz 2020! Peço licença para falar de um assunto também importante para todos nós.

    Lei do Pequeno Investidor: apoie essa ideia legislativa no Senado

    A legislação que trata da tributação sobre a alienação de ações e fundos imobiliários é absolutamente arcaica e injusta. A regra tributária nas duas situações chamam a atenção pela desproporcionalidade para os pequenos investidores.

    Por isso, existe uma ideia legislativa no Senado Federal para a criação da “Lei do Pequeno Investidor”, clique aqui: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=131237

    Para entender melhor a ideia legislativa, há um pequeno texto a respeito, com mais informações, acesse aqui: http://antipoda.com.br/ideia-legislativa-lei-do-pequeno-investidor/

    Peço a ajuda para que votem e divulguem essa ideia legislativa. A ideia precisa de 20 mil apoios, até 07/05/2020, para ser formalizada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

    Nas primeiras 48 horas, essa sugestão já alcançou mais de 650 apoios, e se tornou uma das ideias legislativas mais populares. Contudo, falta ainda muito para chegar ao número necessário.

    A discussão do tema no Congresso poderá criar outros benefícios para diminuir os entraves para investir.

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