quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2022

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.


O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus nas postagens anteriores, cujos links podem ser acessados aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui, aquiaqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2021:

Ganhos/Gastos (comparação com 2020)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:    +2,83%       +26,42%        +14,46%
▲% dos Gastos:     -5,59%        +79,79%         +33,22%

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2021      60,65%        80,46%         71,44%
2020      66,06%        56,58%         61,38%
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2021     39,11%        19,34%       28,34%
2020     31,43%        42,26%       36,83%
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2021       9,69%
2020       4,89%
2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%


Meta: 10% 
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.

Com relação aos Ganhos:

Mesmo com pandemia e trabalhando em home office, aceitei o desafio de trocar de setor onde trabalho. Posteriormente, esta decisão me trouxe a oportunidade de exercer ali uma função remunerada, o que incrementou consideravelmente a renda ativa a partir do segundo semestre - e também irá alavancar esta mesma renda no próximo ano.

Profissionalmente, nada tenho para me queixar de 2021.

Com relação aos Gastos:

Antes de mais nada, preciso informar que aproveitei o incremento da renda ativa para tirar do papel algumas compras que foram postergadas nos últimos anos. A maior delas eu comentei, inclusive, no fechamento de novembro.

Como foram gastos feitos à vista, dentro de um orçamento controlado, não chegaram a atrapalhar a meta de aporte anual, tópico que será analisado a seguir.

Analisando apenas as despesas recorrentes, a proporção dos gastos com relação aos ganhos foi de 51,38% (ou 55,60% no ano), muito próximo da meta estabelecida (50%).

Para 2022, a expectativa é bater a meta com uma certa folga, principalmente porque retirou-se do caminho necessidades pessoais que ficavam cada vez mais difíceis de postergar.

É o que costumo repetir por aqui: o foco está em controlar as despesas, mas sem grandes privações. E isso vem funcionando muito bem até o presente momento.

Com relação aos Aportes:

O aporte de dinheiro novo ficou 4,52% abaixo do planejado para o semestre. Ainda assim, fechei o ano aportando 28,43% a mais que o planejado e com 77,85% da meta estabelecida para o presente decênio (2015-2024) concluída.

Para este ano, o objetivo é acelerar ao máximo os aportes, para alcançar essa meta o mais rápido possível e, caso seja bem sucedido, antecipar os desafios que me aguardam no próximo decênio. 

Em valores absolutos, será um desafio e tanto!

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra, declarado no IRPF) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um incremento de 77,65% nos proventos recebidos quando comparados ao segundo semestre de 2020 (126,98% no ano).

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 45,93% dos Gastos no semestre (57,29% no ano). Analisando apenas as despesas recorrentes, os proventos corresponderam por 71,92% dos Gastos no semestre (73,62% no ano).

Tais resultados, no valor que foram pagos, não seriam possíveis sem a ajuda do Governo Federal, e aqui deixo meu especial agradecimento ao Ministério da Economia, por ter levado 3 anos para apresentar uma reforma no IR apatetada e inexequível, que acabou morrendo na praia mesmo tendo sido aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro.

Ainda assim, o susto foi tão grande que praticamente obrigou as empresas a limparem suas contas de lucros a pagar para evitar uma nova tributação de valores já pesadamente tributados. A situação foi tão surreal que algumas empresas listadas, inclusive, se endividaram para antecipar proventos aos acionistas.

Sério, parabéns aos envolvidos.

Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2021 era a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano que passou ele encolheu 0,62%. É a primeira vez que o valor total encolhe, apesar dos aportes e reinvestimentos realizados dentro desses 12 meses.

A divisão da carteira para 2021 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Mesmo aportando dinheiro novo em renda fixa no primeiro semestre, a diferença permaneceu praticamente inalterada este ano. É bastante provável que os aportes prossigam, mas como o foco segue sendo o longo prazo e os preços das ações seguem muito atrativos, o objetivo maior será não ampliar ainda mais essa diferença.

Nos últimos seis meses de 2021 não houve acréscimo de ativos novos à carteira, apenas rebalanceamentos. Os aportes reforçaram as posições de B3, Itaú, Metal Leve, Lojas Renner, Porto Seguro e Vale. Houve também a cisão dos BDRs da XP pertencentes ao Itaú em outubro, que foram vendidas e convertidas em novas ações do próprio Itaú.

M. Dias Branco segue sem novos aportes desde o primeiro semestre de 2021; Ambev e Grendene, desde 2020; Taesa, desde desde 2019; e Weg, desde 2018.

Para o semestre que iniciou já foram reinvestidos os cupons do TD e a meta será prosseguir com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). 

Não planejo vender nenhum ativo, mas estou ciente de que pelo menos parte do aporte semestral será destinado para a renda fixa, como já foi feito em 2021 (20% do dinheiro novo).

Bom, era isso. Desejo a todos um excelente 2022!

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