quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fechamento - Outubro 2013

Conjuntura

Para muitos, outubro de 2013 será marcado pelo último capítulo da OGX Petróleo na BM&FBovespa. Com o pedido de Recuperação Judicial encaminhado à Justiça do RJ no dia de ontem (30/10) e seu derradeiro leilão na manhã de hoje (31/10), as notícias referentes à empresa passam a não ser problema apenas dos credores e acionistas minoritários, mas também da Justiça. Talvez até da Polícia.
 
Aos comprados, segue um quadro que vislumbra o funcionamento de uma Recuperação Judicial:



Quanto a mim e minha carteira, outubro passou como se estivesse voando em céu de brigadeiro. E finalmente à velocidade de cruzeiro.

O mês foi brindado por inúmeros proventos: CRUZ3(R$0,47/ação*), XPGA11 (R$0,95/cota), BCFF11b (R$0,70/cota), VALE5 (R$0,82/ação*) e CMIG3 (R$0,85/ação*).

* valores líquidos, já descontado o IR correspondente.

Também fui agraciado com a maior parte do pagamento da participação dos lucros do meu emprego, o que reforçou ainda mais meu caixa. E assim pude sair às compras com maior desenvoltura.

O aporte mensal, como já havia informado anteriormente, teve de ser dividido: parte foi para BCFF11b, concluindo o balanceamento da minha carteira de FII; parte para CRUZ3, que por sua vez foi também o destino do aporte residual de outubro.

Com relação aos valores recebidos via remuneração variável do meu emprego, os mesmos foram destinados para adquirir ações da Ambev (AMBV3) - o mais novo ativo do meu portfólio.

Com relação à renda fixa, nada de dinheiro novo em outubro. E é bastante provável que novas compras aqui só ocorrerão em janeiro, com o objetivo de reaplicar os cupons semestrais dos papéis.

Resultados

Baseando-me na planilha de cotas do amigo Além da Poupança, a carteira valorizou-se 6,98% no mês, o que reduziu as perdas no ano para -3,06%.

Em outras palavras: se antes a possibilidade de terminar o ano no azul era remota, agora ela é viável.

Sem mais delongas, a carteira fechou outubro assim:



Na divisão com base nos ativos, estou no momento com:

Ações: VALE5 27,7%; CMIG3 26%; BBAS3 22,3%;  ELPL4 11,3%; CRUZ3 9,5% e AMBV3 3,1%.

FII: XPGA11 56%;   BCFF11b 44%

TD: NTNF010121 91,4%; NTNF010123 8,6%


Perspectivas para novembro

Novembro será um mês de volta à rotina. Infelizmente.

O aporte mensal irá agora para AMBV3. O ativo em si é novidade, mas o objetivo por trás das compras (10% da carteira de ações) dependerá de, foco, constância e muita dedicação. No melhor dos cenários, o alcançarei dentro de 6 meses.

Já o aporte residual terá como destinação o balanceamento da carteira. A princípio, terá como destinos AMBV3, CRUZ3 e ELPL4. A depender do que ocorrer no decorrer dos pregões diários de novembro.

E como não poderia faltar, alguns proventos a receber dos FIIs e de Souza Cruz pingando na conta. Valores bem menores do que os recebidos em outubro, mas muito maiores que os recebidos em novembro do ano passado. Sinal que a rotina, apesar de monótona, vem sendo muito benéfica aos meus objetivos de médio/longo prazos.

De resto, sigo esperando boas novas das empresas que ainda não divulgaram os balanços do 3T13. E também contando os dias para as minhas merecidas férias. Bom início de mês a todos! 

sábado, 19 de outubro de 2013

Proventos e investimentos - Outubro 2013

O Ibovespa resolveu disparar a valer em outubro: 5,81% nas três primeiras semanas. Em grande parte pelos 95% de alta da OGXP3.

Minha carteira cresceu menos no mesmo período, 3,61%. Ainda assim, uma boa evolução - e, a meu ver, com mais chances de se sustentar nesse patamar até o final do mês que o principal índice brasileiro.

Mas passemos a falar dos proventos. Este mês já recebi dividendos de CRUZ3(R$0,47/ação*), XPGA11 (R$0,95/cota) e BCFF11b (R$0,70/cota).

Ainda receberei dividendos + JCP de VALE5 (0,82/ação*) no dia 31.

* valores líquidos, já descontado o IR correspondente.

Com relação ao aporte, foram compradas as cotas de BCFF11 remanescentes; o restante, incluindo ai os proventos já creditados, foi destinado para CRUZ3.

Como havia explicado no fechamento de setembro, esse mês recebo participação dos lucros do meu trabalho juntamente com meu salário. O que faltou dizer foi a destinação deste extra.

Em primeiro lugar, informo que comprarei ações da Souza Cruz até que ela alcance, pelo menos, o patamar de 10% dentro da carteira de ações.

A partir dai, o foco se volta para um novo ativo. Provavelmente, dois.

As candidatas: Ambev (AMBV3), Cielo (CIEL3) e Eternit (ETER3).

O que penso fazer (hoje): comprar uma das duas primeiras com o aporte mensal e Eternit com o aporte residual.

Pois bem... Como o dinheiro ainda não se encontra em minhas mãos me sinto no dever de analisar todas as possibilidades disponíveis - e estou aberto a sugestões. Inclusive estou disposto a analisar outras ações - menos OGX, deixo isso para quem tem gosta de emoções fortes hehehehe

Um bom final de semana a todos!

sábado, 12 de outubro de 2013

Premiação pelo cumprimento da meta anual

Há algum tempo expus a existência de duas contas de débito no meu orçamento, cujo objetivo seria recompensar o cumprimento das metas de curto e longo prazos.

A primeira premiava o cumprimento da meta anual, onde busco uma porcentagem de retorno mínimo da renda passiva da carteira.

Já a segunda conta busca premiar o cumprimento da meta decenal, onde o objetivo é acumular um certo montante dentro de determinado período. No caso, 2005-2014.
 
Na época, expliquei que fazia mais sentido você correr atrás de sonhos do que de números. Mas faltou dizer que prêmios estavam me aguardando quando do cumprimento dessas metas.

Não fiz isso por esquecimento, mas por não saber exatamente o que iria comprar com esse dinheiro. A graça da coisa está exatamente ai: não existe prêmio melhor para o autocontrole que um pouco de liberdade no orçamento. E a possibilidade de fazer isto sem nenhum remorso faz com que não exista meta que não possa ser superada.

Pois bem... Uma das minhas metas era alcançar um Yield de 10% sobre o montante acumulado até 31/12/2012.  Considerando os proventos retidos da Eletropaulo eu já teria este valor ainda no mês passado, mas não achei correto considerá-los nesta conta, pois não há nenhuma certeza de que serão liberados aos acionistas ainda este ano.

Em compensação, os proventos da Vale anunciados semana passada me fazem ultrapassar com folgas o percentual estipulado - mesmo que a empresa mude sua política e distribua ele todo como JCP.

Como nada mais me impedia de usufruir o que já era meu por direito, aproveitei o valor da premiação para comprar não um, mas dois objetos de desejo. Vamos a eles:


Fone de ouvido auricular deep bass Sony MDR-EX37B


HD externo Samsung Portable 1Tb Preto USB 3.0




A meu ver, apesar do valor do prêmio não ter sido alto, foi um dinheiro muito bem aproveitado. E é com a motivação renovada que permaneço na corrida dos ratos, procurando agora alcançar a próxima meta a ser batida: a do montante calculado para dezembro de 2014. Bom final de semana a todos!

domingo, 6 de outubro de 2013

Independência Financeira e envelhecimento da população: problemas à vista?

Desde o mês passado rolou uma enquete no blog, onde foi perguntado a idade que os visitantes pretendiam alcançar a sua independência financeira. Com base nela, pôde-se constatar que mais da metade (54%) daqueles que a responderam pretendem alcançá-la entre os 40-50 anos.

Em outras palavras... A maioria das pessoas que se interessam com suas finanças deseja alcançar a IF no auge da sua produtividade. E o pensamento é bastante lógico: de que adianta ter dinheiro para fazer o que quiser se o corpo com 60, 70 anos já não vai acompanhar tudo que desejamos fazer?

Ocorre que os tempos são outros. Apesar de pensarmos em parar de trabalhar bovinamente na mesma idade que desejavam nossos pais e avós, a expectativa de vida do mundo aumentou muito, como consequência de inúmeros fatores, a saber:

- melhora da quantidade e da qualidade dos alimentos, da água e de nossos hábitos alimentares, bem como da melhora nos nossos cuidados com a higiene;

- descoberta de novos medicamentos e tratamentos para doenças, sejam elas comuns, crônicas ou terminais, bem como a disseminação de exames periódicos, como forma de se detectar eventuais problemas ainda em estágio inicial;

- normatização e cumprimento de rígidos códigos de conduta, prevenção e de segurança nas mais diversas áreas, estes decorrentes do aprendizado que já tivemos em decorrência de acidentes e de desastres naturais.

Por outro lado, um aumento da expectativa de vida gera mudanças nas perspectivas de toda uma sociedade. Teremos de trabalhar mais anos para suprir a falta de mão de obra qualificada; restrições com relação à idade dos candidatos a uma vaga de trabalho serão exceção; e, mais importante, teremos de rever a forma com que são concedidos os benefícios previdenciários em nosso país, sob pena do sistema implodir sob seu próprio gigantismo.

Tudo isso para, pelo menos, manter o país funcionando e crescendo. É o que estamos começando a ver nos Estados Unidos, Europa e Japão, cuja população já não preenche cargos essenciais e existe grande resistência em importar mão de obra para supri-la.

Mas esses fatos podem prejudicar o nosso planejamento rumo à IF? Se a sua intenção for parar de trabalhar, sim. Porque valerá mais a pena continuar no mercado de trabalho.

Raciocine comigo... Apesar de termos de trabalhar durante mais tempo neste novo cenário, não significa que teremos de trabalhar 44h semanais. As empresas terão de pagar mais por menos tempo trabalhado, sob pena de não terem meios para continuar crescendo.

Pelo mesmo raciocínio, estas mesmas empresas terão de investir muito em produtividade para permanecerem competitivas, o que acelerará e barateará ainda mais a sua toyotização. E isto, claro, aumentará a nossa responsabilidade na mesma medida que facilitará o exercício das nossas funções.

Trata-se de ciclo virtuoso se bem administrado e legislado, pois agrega qualidade de vida a crescimento econômico. É o que já vemos em muitos países desenvolvidos.

Perceba que se a sua vontade for reduzir a carga de trabalho, ou então diminuir o período de acumulação, oportunidades não faltarão. Tudo que se pede é que continue estudando, se atualizando.

Agora, se você conta com o benefício do INSS nos seus cálculos para parar de trabalhar, só lamento. Trata-se de pirâmide financeira, onde nós (Tesouro Nacional) sustentamos inclusive pessoas que não contribuíram, pagando benefícios que são reajustados de tal forma que, num prazo muito curto, terão de ser totalmente revistos. Quando não cortados.

Vou ser bastante sincero com vocês: ou muda a previdência, ou ficaremos todos na mão.

Mas... e você? Concorda com uma mudança de cenário? Imagina um cenário mais dramático? Ou acredita que teremos mais do mesmo nos próximos 20-30 anos? Dê a sua opinião!