sexta-feira, 31 de maio de 2013

Fechamento - Maio 2013

Prezados,

Maio termina, junho começa... passado o carnaval, o tempo literalmente voa.

A notícia positiva do mês foi o acerto na manutenção da estratégia do aporte, cujo foco este ano vem sendo ampliar o percentual de FIIs da carteira.

Hoje - porque amanhã ninguém sabe - posso afirmar que tive muita sorte na opção adotada, apesar de não ter seguido exatamente o plano traçado em janeiro.

Eu explico: quando optei por comprar primeiro XPGA11, o fiz como forma de amenizar o aumento de posição em BCFF11b que planejava fazer com a subscrição. Ocorre que o preço deste FII caiu muito, a subscrição saiu antes do que eu estava prevendo e o BTG Pactual se preocupou mais em fazer a subscrição do que se ater na rentabilidade das cotas, que só fizeram cair nos últimos meses. Diante deste cenário, aliado ao fato de que o fundo do Citibank vem mantendo a constância dos seus dividendos num patamar acima de 0,8% ao mês, ficou fácil optar por abrir mão da subscrição e continuar aportando em XPGA11.

Mas esta distorção entre os ativos termina em julho - a partir dai o foco será comprar BCFF11b até que ambos se equivalham novamente. A proporção hoje se encontra em 66%/34%, e tende a ficar 75%/25% com o derradeiro aporte desse mês. Depois que isto ocorrer, a ideia é acrescentar um terceiro, quem sabe um quarto FII na minha carteira. E equiparar este(s) com os demais.

A carteira de FIIs teve uma rentabilidade mensal de 0,50% mais um Yeld de 0,72%. A meu ver, nada mau.

E aqui acabam as notícias positivas.

A propósito, tivesse o mês terminado no dia 28 e eu poderia compartilhar com vocês uma rentabilidade positiva. A queda nos títulos do Tesouro Direto, -2,56%, já era esperada - afinal de contas, todos sabíamos que haveria uma elevação na taxa SELIC.

Mas uma queda tão acentuada nas ações nestes dois dias eu, pelo menos, não estava esperando.

Sendo assim, pelo sistema de cotas, minha carteira amargou -3,13% em maio e -9,32% no ano.

Sem choro, muito menos tempo para lamber as feridas. Digo isso porque a queda das cotações foi tão forte que me fez antecipar o aporte residual de junho: pegou ordens de CRUZ3 hoje e ELPL4 ontem no fracionário.

Desta forma, minha carteira terminou o mês assim:




Na divisão com base nos ativos, estou no momento com 35,2% CMIG3; 29,5% VALE5; 19,5% WEGE3; 10,5% ELPL4 e 5,3% CRUZ3.

Importante ressaltar mais uma vez que, apesar da rentabilidade ser negativa, a carteira continua crescendo, tanto em valor quanto em quantidade de ativos. Esta é a vantagem de ser sardinha neste mar revolto. Abraços e melhor sorte em junho para todos!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Aportes mensais - maio 2013

Há quem deteste rotina. Não culpo estas pessoas, pois trata-se de um tremendo anti-clímax a repetição dos mesmos afazeres.

Não é bem o caso da minha carteira. Pode até parecer rotina, mas é planejamento mesmo.

Assim, mantive o aporte mensal focado em XPGA11, com a convicção de que só terei de fazer isto por mais um mês - e ai passar a aportar em BCFF11b, reequilibrando a proporção dos FIIs na carteira.

E para não causar sensação maior de perda de oportunidade, continuo usando o dinheiro extra que consigo angariar no mês para ir comprando CRUZ3 no fracionário. Com sorte, vou poder chegar ao final de maio com 5% deste ativo na minha carteira de ações - a metade do que pretendo possuir até o final do ano.

Muitos criticam o estabelecimento de metas, mas elas funcionam. Só assim para manter o foco em meio a um mercado em tendência de baixa como o nosso. Vamos torcer para que o quadro se reverta enquanto seguimos comprando bons papéis. Bom final de mês a todos!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Produtos e serviços bancários que facilitam a vida da pessoa física

Continuando o post anterior, tratarei agora dos produtos e serviços bancários que podem ser utilizados pela pessoa física tanto no controle das suas despesas quanto no pagamento das suas dívidas.

Como vocês irão perceber, muitas opções aqui sugeridas  não estão diretamente relacionadas ao objetivo inicial do produto elencado, mas decorrentes do seu uso no cotidiano das pessoas. Saber que é possível fazer desta forma pode ajudar no controle financeiro de cada um, principalmente quando tratamos de pessoas com desequilíbrios financeiros.

Como forma de facilitar a compreensão e tornar o post mais objetivo, resolvi explicar em tópicos. Caso alguém fique com alguma dúvida, é só me questionar nos comentários.

Cartão de crédito

O famoso dinheiro de plástico é uma ferramenta de negócio sensacional: traz segurança para quem vende ao mesmo tempo em que assegura o crédito do comprador.

Mas esta é apenas uma das várias vantagens presentes no cartão de crédito. Vou citar algumas:

- acumulação de pontos, ou milhas, que podem ser trocadas nos mais diferentes planos de fidelidade. É você gastando melhor a mesma quantidade de dinheiro;

- desnecessidade de uma conta bancária para se ter um cartão de crédito. Cartão de crédito é como carro 0Km, mesmo que você não queira sempre tem alguém tentando te empurrar um;

- planos que isentem ou diminuam a anuidade do cartão. Em muitos casos, basta uma ou duas compras mensais para se ter a isenção/abatimento.

Para quem pretende fazer planejamento das suas despesas, existe também a vantagem da data pré-definida para pagamento da fatura, porque torna o pagamento à vista num pagamento a prazo, sem custo adicional algum. Melhor:  como o banco emissor do cartão precisa estabelecer uma data para o fechamento da fatura - geralmente 5 dias antes da data de pagamento, basta que se compre dentro destes dias para que a compra à vista só seja paga no mês seguinte.

Já para quem está em dificuldade financeira, o cartão de crédito pode ser utilizado também como facilitador de repactuação do valor devido no comércio. Basta negociar o valor a ser pago e, utilizando o limite existente no cartão, parcelar essa dívida em X vezes.

Uma vantagem importante desta forma de pagamento de dívidas reside na facilidade de se obter comprovantes do pagamento: basta checar na fatura quantas parcelas foram pagas e quantas ainda faltam pagar. Importante salientar a necessidade de se firmar por escrito com o credor os termos deste pagamento, como forma de se comprovar a quitação do referido débito.

Não custa lembrar que pagamento parcelado no cartão é diferente de pagamento parcial da fatura. Quando você usa o limite do cartão para efetuar uma compra parcelada não incidem juros por parte do banco que concedeu este limite. Já o pagamento parcial da fatura nada mais é que o reflexo de um planejamento malfeito nas despesas pessoais.

Cartão de Débito

O cartão de débito tem 2 funções: substituir o dinheiro vivo, quando da compra à vista, e substituir o cheque pré-datado, quando da compra a prazo.

Como o cartão de crédito, ele também possui limite próprio, mas só para as compras a prazo. A diferença fundamental de ambos é que o cartão de débito não existe sem uma conta-corrente, a qual é atrelado. Também não tem data definida para o pagamento - ela é previamente definida entre você e o comerciante.

A sua vantagem é o custo: não possui anuidade. Mas existe uma ressalva: muitos bancos cobram taxas para o caso de não haver dinheiro em conta no dia do débito.

Por ser mais flexível, vejo este produto com ressalvas. Mas ele também pode ser utilizado para uma renegociação, nos termos da feita com o cartão de crédito explicada no tópico anterior.


Cartão alimentação

Ao contrário dos exemplos de cartões acima, o cartão alimentação mais se parece com o crédito de celular: precisa primeiro carregar ele com créditos para depois gastar. O problema é que este benefício acabou amarrando o trabalhador a menos estabelecimentos conveniados e também impediu a flexibilidade do seu uso.

Mas nada deixa de ser distorcido pelo nosso famoso jeitinho brasileiro.

No momento em que este benefício migrou do tíquete de papel para o plástico ele deixou de ser apenas um benefício para passar a ser uma bandeira de cartão, podendo ser utilizado na mesma máquina do cartão de crédito/débito. Logo, qualquer estabelecimento pode cadastrar-se como conveniado - basta que se adicione ao seu Objeto Social a venda de alimentos.

Desta forma, pôde-se comprar praticamente tudo com ele: de comida a combustível; de eletro-eletrônicos a roupas; de remédios a pneus... É só pesquisar no site do seu cartão alimentação. Lá existe uma relação dos estabelecimentos conveniados - e você pode filtrar a pesquisa por cidade.

Também é possível negociar a compra do produto com a introdução de um terceiro. Há casos onde o comerciante aceita receber um crédito em seu nome num estabelecimento que aceite o cartão alimentação. Conheço muitas pessoas que compram, móveis, material de construção e até o aluguel com um crédito no nome do credor. Passam o cartão em determinada loja e a mesma emite um vale (nota promissória) para consumo no estabelecimento.

Em casos de extrema necessidade, é possível até a venda do crédito à loja conveniada, geralmente com cobrança de juros (desconto), eis que o conveniado possui despesas pelo uso da máquina e também pela operação.


DDA - Débito Direto Autorizado

Para quem ainda não conhece, trata-se do serviço que possibilita a apresentação eletrônica dos boletos de cobrança, substituindo a apresentação em papel de planos de saúde, mensalidades escolares, condomínios, entre outros.

O cliente cadastrado no DDA passa a ser um 'Sacado Eletrônico' e todos os boletos de cobrança registrada (de qualquer instituição financeira) emitidos em seu nome são visualizados e podem ser pagos de forma eletrônica no Home e Office Banking, Autoatendimento e, em algumas instituições, por Telefone e Mobile.

Também é possível ao Sacado Eletrônico a consulta e o pagamento de títulos de terceiros que, normalmente, são de sua responsabilidade (ex.: mensalidades escolares emitidas em nome dos seus filhos, ou cônjuge). Basta que, neste caso, cadastre o sacado do título como seu 'Agregado'. Todos os títulos, emitidos contra os seus 'Agregados', poderão ser visualizados e pagos junto com os seus próprios títulos.

Vale lembrar que é um serviço gratuito e que pode ser solicitado até por quem possui apenas uma conta-corrente virtual.

Para os demais pagamentos, como luz, água, telefone fixo ou celular, existem também os sites das empresas, onde se consegue extrair a segunda via do pagamento.

Trocando em miúdos, só recebe conta atrasada quem quiser ter motivos para se queixar dos Correios.


Home Banking e Office Banking

Aqui você ganha tempo e dinheiro, porque são poucas as coisas que não podem ser feitas online. Basicamente, saque e emissão de folhas de cheque.

Como se trata de auto-atendimento, grande parte dos seus serviços são gratuitos. Citarei alguns exemplos: extratos dos últimos 2 anos; fatura do cartão de crédito; pagamento e agendamento de pagamento; transferência entre contas do mesmo titular, mesmo em se tratando de bancos diferentes; consulta de recibos de pagamento e também dos débitos em conta. E muitos outros.

Aliado ao uso dos cartões e ao DDA, hoje ficou muito mais fácil de se evitar as filas de banco e dos ATM's.

Consórcio

Aqui não pretendo me ater ao objetivo primordial do consórcio, que é a aquisição de um bem.

Para quem não sabe, é possível utilizar o valor aplicado no consórcio como uma poupança. Você é sorteado, mas não retira a carta de crédito. O seu valor é rentabilizado de acordo com o prospecto do grupo, e o dinheiro é devolvido após o seu fechamento contábil.

Para quem vale a pena? Para pessoas que já tentaram de tudo, mas não conseguem guardar dinheiro, todo mês, numa conta poupança. Ou que não conseguem deixar este dinheiro lá, parado, por muito tempo.

Caso você for num banco procurar por um produto que faça isto, eles te recomendarão uma capitalização, só que esta não compensa por ter um tempo maior de duração e uma rentabilidade menor.

Empréstimos

A meu ver, ninguém deveria fazer um empréstimo. É mais último caso do que comprar consórcio ou capitalização como forma de se fazer uma poupança forçada. Mas existem casos em que é a última - ou a única - alternativa.

Vou deixar claro aqui que me refiro ao empréstimo feito com o objetivo de quitar dívidas, pois ele não agrega valor algum ao nosso patrimônio. Fosse uma operação de fomento, ou então para aquisição de um bem imóvel, ai seria outra história.

Aqui vão algumas dicas:

- Antes de fazer qualquer tipo de empréstimo, primeiro se informe das opções disponíveis. Pesquise mesmo! Cada banco tem sua tabela de juros e, acredite, elas variam muito e sempre é possível negociar uma taxa menor. Sempre!

Por exemplo: você sabia que a CAIXA só é competitiva no crédito imobiliário quando você financia via Minha Casa Minha Vida? Nas demais, seja compra de material ou então aquisição de bem imóvel, ela perde para todas as instituições públicas e para quase todas as instituições privadas.

- Tiver de escolher um tipo de operação, prefira as de pagamento único, como antecipação de IR e de 13º, porque são pagamentos extraordinários ao nosso orçamento, não tendo um peso tão forte quanto uma consignação, que tunga a renda todo santo mês.

- Caso opte fazer um empréstimo, principalmente consignado, prefira um prazo mais longo para pagamento, mesmo que com isso tenha a incidência de um juro maior. Uma parcela menor faz com que você não comprometa ainda mais suas finanças e facilite na antecipação das parcelas restantes - o que acaba por reduzir os juros efetivamente pagos da operação.

E, por favor, NUNCA faça um empréstimo diretamente com uma financeira - nem consignado! Os juros são muito, mas muito maiores do que em qualquer banquinho de esquina. Não precisa nem fazer conta, muito menos pesquisar. É sempre mais caro.



No próximo post acerca deste tema tratarei dos produtos existentes que facilitam o trabalho da pessoa jurídica, tanto na segurança das transações realizadas quanto nas formas de aumentar o capital de giro sem onerar demais o faturamento da empresa.

Até lá, estejam livres para comentar, questionar e criticar os tópicos aqui expostos. Boa semana a todos!



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Um pouco de educação financeira - você conhece os serviços bancários disponíveis? Mesmo?

A maioria das pessoas tem interesse em aprender mais a respeito de educação financeira, mas ainda desconhece boa parte das opções disponíveis para o controle e o manejo das suas finanças.

Vou dar um exemplo.

Eu estou endividado (e/ou sem capital de giro para minha empresa), e não sei mais o que fazer. O(s) banco(s) não me disponibiliza(m) mais folhas de cheque, o limite do cheque especial está todo tomado, já me utilizei de todos os empréstimos automáticos disponíveis no Autoatendimento... e ai?

E ai que eu preciso viver E pagar minhas dívidas.

Até aqui, boa parte dos blogs de finanças já trataram do assunto, mas de forma geral: como cortar despesas, arranjar dinheiro extra, estabelecer prioridades... Tudo muito bom, mas teórico demais, pessoal demais.

Existem opções boas e baratas - muitas gratuitas! - que as instituições financeiras ou o próprio comércio nos oferece e que não apenas podem: elas devem ser utilizadas por todos.

Vamos à prática, então?

Eu aqui pretendo expor as formas que tanto o consumidor quanto o empresário têm para interagir nas suas relações diárias, minimizando os custos para quem compra e também o riscos para quem vende.

Para fazer isso - trata-se de um texto longo - dividirei este post em duas partes: primeiro tratarei das possibilidades dadas a nós, consumidores. Basicamente, exporei aqui algumas opções existentes há tempos, mas ignoradas por muitos: cartão de crédito; cartão de débito; Home Banking; cartão alimentação; DDA, entre outros.

Após, tratarei das possibilidades que se abrem para o empresário, principalmente para aqueles que ainda temem o dinheiro de plástico - parece piada, mas a grande maioria ainda prefere o de borracha (cheque) porque pensa se tratar da única caução disponível para a antecipação de recebíveis. E olha que a gama de opções aqui é muito maior que a existente para a pessoa física!

Cabe aqui salientar que decidi escrever a respeito como forma de conscientização, pois vejo que inúmeras oportunidades se perdem pelo mau uso dos mecanismos disponibilizados. Nomes se sujam, empresas fecham, negócios não são feitos... muitas vezes, por puro desconhecimento das formas de pagamento que fogem da tríade "à vista - cheque pré-datado - caderno(o popular fiado)".

Fiquem à vontade para enviar críticas e sugestões a respeito, porque o assunto promete ser bastante interessante.