quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2021

 

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.


O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus nas postagens anteriores , cujos links podem ser acessados aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2020:

Ganhos/Gastos (comparação com 2019)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:    +14,09%       +2,61%         +8,12%
▲% dos Gastos:     -4,43%          +4,56%          -0,54%

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2020      66,06%        56,58%         61,38%
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2020     31,43%        42,26%       36,83%
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2020       4,89%
2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%


Meta: 5% 
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Mais uma vez começarei o ano com um desafio bem definido: encontrar meios de incrementar a renda ativa, preferencialmente de forma definitiva.

Caso nada seja feito, minha previsão para dezembro/2021 é receber 4,92% menos recursos que em 2020. Numa perspectiva de inflação batendo com força, é um cenário que, definitivamente, não pode ocorrer!


Com relação aos Gastos:

Apesar do saldo final ser de relativa estabilidade, a combinação de fatores fez com que o percentual da relação ganhos/gastos chegasse mais próximo da meta almejada.

Agora é manter o foco, buscando otimizar ainda mais as despesas pessoais e retornar ao patamar de anos anteriores, mas sem grandes privações - a exemplo do que foram os últimos dois anos. 

Com relação aos Aportes:

O aporte semestral ficou 68,59% acima do planejado e, no histórico, 4,28% acima da meta decenal (2015-2024).

O ideal é não depender dessa 'gordura' para alcançar a meta decenal. Mas, diante das circunstâncias, dá um certo alívio saber que eu tenho alguma margem para trabalhar.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra, declarado no IRPF) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um incremento de 57,22% nos proventos recebidos quando comparados ao segundo semestre de 2019 (-6,33% no ano).

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 46,46% dos Gastos no semestre (33,62% no ano).


Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2020 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano que passou ele cresceu 25,28%.

A divisão da carteira para 2020 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em dezembro ela se manteve longe disso (89,65% e 10,35%). Por
 ser a maior diferença entre classes de ativos que já tive, ela sugere alguma correção de rota. O mais provável é que eu opte por aportar valores além do reinvestimento dos cupons nos anos vindouros.

Nos últimos seis meses de 2020 não houve acréscimo de ativos novos à carteira, apenas rebalanceamentos. Os aportes reforçaram as posições de Ambev, Grendene, Itaú, Metal Leve, M. Dias Branco e Porto Seguro.

Taesa e Vale seguem sem novos aportes desde desde 2019. Weg e Cielo, desde 2018.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do TD  em NTN-F 010131 e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). 

Não planejo vender nenhum ativo, mas estou ciente de que pelo menos parte do aporte semestral será destinado para a renda fixa - e desta vez preciso cumprir esta parte.

Bom, era isso. Desejo a todos um 2021 mais tranquilo, na medida do possível.

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