terça-feira, 5 de julho de 2022

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o segundo semestre 2022

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.


O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus nas postagens anteriores, cujos links podem ser acessados aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui, aquiaquiaqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 1° semestre de 2022:

Ganhos/Gastos (comparação com 2021)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:   +38,65%      +33,49%*      +35,84%*
▲% dos Gastos:    +33,60%       -36,36%*         -9,32%*
*estimativa

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2022      58,44%        38,36%*        47,69%*
2021      60,65%        80,46%         71,44%
2020      66,06%        56,58%         61,38%
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%
*estimativa

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2022     41,42%        60,00%*      50,00%*
2021     39,11%        19,34%       28,34%
2020     31,43%        42,26%       36,83%
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%
*estimativa

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2022       4,53%**
2021       9,69%
2020       4,89%
2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%

Meta: 10%
**1º semestre

Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.



Com relação aos Ganhos:

A renda ativa cresceu e seguirá crescendo nos próximos meses, num movimento de consolidação muito positivo. 

Principalmente para o ego: muito legal atualizar a planilha e constatar que posso alcançar ainda este ano o objetivo de viver com metade do que ganho.

Mas o aumento da renda não veio sozinho, como veremos no próximo tópico.

Com relação aos Gastos:

Depois de 4 anos de relativa estabilidade, as despesas no primeiro semestre, em valores absolutos, alcançaram o maior patamar da série histórica. 

Dado o retorno ao trabalho presencial, com o aumento dos gastos com alimentação e deslocamento, tal incremento era previsível - mas foi maior que o orçado. E isso já é motivo suficiente para acender um alerta.

Sempre importante lembrar que seguimos dentro de um período inflacionário e é melhor acompanhar isso com mais carinho.

Assim, o foco para o segundo semestre será buscar alternativas para tentar manter as despesas no mesmo nível dos anos anteriores, mas sem grandes privações. 

Um mais do mesmo, portanto.

Com relação aos Aportes:

O aporte de dinheiro novo ficou 18,50% acima do planejado - para todo o ano.

Mas fica melhor.

Confirmado o incremento da renda ativa, conseguirei bater a meta decenal (2015-2024) ainda este ano.

Eu inclusive já comecei a refazer as metas, por entender que apenas antecipar o decênio seguinte pode não ser suficiente para capturar este incremento no fluxo de caixa.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra, declarado no IRPF) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um incremento de 4,13% nos proventos recebidos quando comparados ao primeiro semestre de 2021.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 58,72% dos Gastos no semestre. 

Mas o mais legal é que o reinvestimento da renda passiva representou 45,31% do dinheiro 'novo' no semestre. Em outras palavras, para cada R$1,00 aportado do meu bolso, a carteira inteirou outros R$0,82.

Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2022 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No primeiro semestre ele encolheu 1,03%.

Na prática, passei 1 ano e meio aportando para ver a carteira voltar ao patamar do começo de 2021. Renda variável tem dessas.

A divisão da carteira para 2022 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em junho ela se manteve longe disso (89,46% e 10,54%). Por
 ser a maior diferença entre classes de ativos que já tive, mesmo aportando dinheiro novo em renda fixa este semestre, a tendência é seguir nos aportes em renda fixa.

Nos primeiros seis meses de 2022 não houve troca de ativos na carteira. Os aportes reforçaram as posições de Ambev, B3, Grendene, Metal Leve, Lojas Renner, M. Dias Branco, Porto Seguro e Taesa, além da compra de NTN-F 010131 e NTN-F 010133.

Itaú e Vale não recebem aportes desde 2021. Weg, desde 2018.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do Tesouro Direto  em NTN-F 010133 e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). 

Não planejo vender nenhum ativo; a tendência, hoje, é seguir incrementando as posições já possuídas e acrescentar algum(s) ativo(s) na carteira. Os aportes reforçados do segundo semestre vão me permitir pensar fora da caixa.

Bom, era isso. Desejo a todos um ótimo segundo semestre!

6 comentários:

  1. Muito bom esse planejamento semestral que faz, sempre acompanho.
    O binômio "aumento de receita" e "corte de despesas" tem surtido efeito, e o bom que é um esforço "ganha ganha", pois o aumento da receita impacta diretamente no aporte, enquanto a despesa diminui, mantendo padrão de vida controlado.

    Quanto ao Tesouro Direto, tenho só os que não pagam Cupons.
    Como funciona o CUPOM?
    Se eu aplicar por exemplo R$ 1.000,00 com vencimento em 2024; vou receber os juros semestralmente e em 2024 resgato os 1.000,00 do principal sem juros (já que o juros foram pago semestralmente) ?

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    1. Exato, um dos grandes, se não o maior incentivo desse acompanhamento que faço é saber que os resultados refletem no aporte.

      Quanto aos cupons, o valor semestral é exatamente isso. Já o valor que você recebe no final não é o que você pagou, mas o valor de face proporcional do título que você pagou e mais o juro, ou o juro + inflação deste último semestre.

      Por exemplo: se você comprar um título prefixado inteiro, que hoje vale mais ou menos R$830,00, vai receber no resgate, bruto, R$1.000,00 (que é o valor de face de um título) mais os R$48,82 dos juros referentes ao último semestre. Pela calculadora do TD, líquido, você receberá R$1.015,32 líquidos no resgate desse título.

      Abraço!

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  2. Também não invisto na Weg tem muitos anos, no meu caso acho que desde 2019, acredito com essas quedas recentes nela, logo poderei aportar. Abraço LL

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    1. Que legal, Beto! Melhor que encontrar empresa boa é ela estar elegível pelos critérios de compra.

      Abraço!

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  3. Acredito que o mais importante e encontra empresas boas e que pague bons dividendos

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    1. São etapas. Fico feliz por já termos chegado nessa.

      Infelizmente, a maior parte da população ainda precisa passar pelas mais básicas: ganhar mais do que gasta, eliminar as dívidas e montar um colchão de segurança.

      Parece besteira, mas sem o básico a pessoa nunca vai ter a tranquilidade (paciência) necessária para acumular ativos. Isso porque no começo o retorno passivo tende a ser muito baixo, na casa dos centavos.

      Abraço!

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