quarta-feira, 6 de março de 2013

Início dos trabalhos

Em tempos de crise, o que é considerado mico para alguns pode ser A oportunidade para outros.

Para um leigo, analisar a rentabilidade das carteiras apresentadas pode não ser tão emocionante quanto ter conhecimento das cifras por detrás de cada investidor. Rende algum assunto saber que o blogueiro A tem mais dinheiro que o blogueiro B, ou que o blogueiro C aporta muito mais do que o blogueiro A e B juntos.

Tanto é assim que muita gente - e eu me incluo neste filão - passou a acompanhar com mais assiduidade os blogs de finanças graças ao ranking de patrimônio criado pelo Pobreta. Ele pode não ser mais o centro da blogosfera agora, mas foi de grande valia para muita gente que buscava uma motivação para acompanhar mais de perto seus próprios investimentos. E acabou desencadeando a criação de muitos blogs novos que tinham como um de seus objetivos participar deste ranking.

Já para outras pessoas, e eu me incluo neste nicho, a curiosidade inicial foi usada para estudar mais a fundo como funcionam os investimentos de curto, médio e longo prazos, tributação, proventos... mas tiveram receio de criar um blog por não se sentirem à vontade publicando detalhadamente investimentos que muitas vezes eram desconhecidos pelos familiares e amigos mais próximos - principalmente os valores envolvidos nestes investimentos.

Com a tendência dos blogs em focar na rentabilidade em detrimento ao valor monetário das alocações - e aí o grande impulso foi o ranking de rentabilidade gerenciado pelo General Investidor - abriu-se uma nova oportunidade para pessoas como eu vencerem o receio inicial e criarem seu próprio espaço na blogosfera, pois mostrou-se ser possível compartilhar experiências pessoais sem a necessidade de se exporem valores monetários. E pensando como investidor, é mais fácil entender o porquê da rentabilidade do que o quantum de patrimônio.

Feita esta introdução, passo a falar brevemente do objetivo do blog para depois contextualizar a carteira: por meio dele pretendo narrar a minha jornada rumo à independência financeira. Mas, ao contrário de muitos colegas, não pretendo me aposentar de rendas com 30 ou 40 anos. A princípio, busco me manter independente do falido INSS, que pouco terá a me oferecer assim que chegar à idade de me aposentar.

Longe do limite imposto pelo Governo, portanto.

Acaso consiga fazer isso antes do tempo para a aposentadoria compulsória, tanto melhor. Mas o objetivo final não é este, até porque não vejo motivos para parar de trabalhar.

Agora vamos falar da carteira. Comecei 2012 desconhecendo o que seriam FII's e com a carteira muito concentrada em ações (mais de 80%). Além disso, tinha mais dinheiro em poupança do que em Tesouro Direto.

Com o passar dos meses, as realocações e os aportes foram redesenhando a carteira, cuja composição atual (fevereiro) está descrita abaixo. Os detalhes de cada fração seguem logo abaixo do gráfico:





Mesmo com as realocações ainda há uma grande concentração de capital em ações. E o pior: em poucas empresas. No momento, estou posicionado em 4 papéis: VALE5 (36,99%), CMIG3 (30,36%), WEGE3 (17,87%) e ELPL4 (14,78%). Apesar de pretender diminuir a concentração de ações na carteira, pretendo adquirir mais ativos, para diluir o risco em mais ativos e setores.

Com relação ao Tesouro Direto, no momento, só possuo papéis de renda fixa com cupons semestrais: NTNF010121 (95,44%) e NTNF010123 (4,56%).  Fiz esta opção basicamente para não ter de me preocupar com as despesas semestrais de custódia da CBLC e da minha Corretora, que caem exatamente nos dias 1° de janeiro e 1° de julho.

Finalmente, relativamente aos FII's, eu me encontro concentrado em apenas 2:  BCFF11B (47,97%) e XPGA11 (52,03%). Optei por títulos de papel por me interessar mais no seu Yeld do que na sua valorização.

Para 2013, o objetivo é conseguir alocar 25% em FII's, 15% em TD e 60% em ações. Tentarei alcançar este objetivo sem me desfazer dos ativos em carteira, apenas com  os aportes mensais e reaplicação de rendimentos. Acredito que isto seja possível principalmente por possuir pouco capital, o que significa forçosamente dizer que meus aportes ainda são o maior motor de crescimento da carteira. E o fato dela ainda estar patinando em 2013 - em janeiro ela rendeu -3,21%; em fevereiro, -1,63% - só reforça esta visão.

Mas passaram-se só 2 meses, e março aparenta ser um mês bem melhor para investir.

Sei que a quantidade de dados não foi colocada da melhor forma, mas é complicado expor tudo num único post e sem revelar os valores nominais. Nos próximos posts tentarei mastigar melhor as informações. Nada que um pouco mais de prática não resolva. Bons investimentos a todos!

6 comentários:

  1. Olá. Bem vindo ao time.
    Já começando... Qual a sua meta de rentabilidade líquida ao ano ?

    abs!

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    1. Obrigado, ID!

      Eu estabeleci a meta de rentabilidade líquida em 4% a.a. Com os aportes, espero ter um crescimento de 25%-30% no meu patrimônio em dezembro. Abraço!

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    2. O tesouro direto NTN-B Principal 15/05/2035 líquido está dando uns 3,4%.

      Se realmente vc quer apenas 4% está razoavelmente fácil.
      Nem precisa estar tão exposto em ações e FIIs.
      Pensando rapidamente aqui, vc poderia inverter. Colocar maior parte em renda fixa.Só não calculei o percentual em renda fixa alocada.

      abs!


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    3. Eu tinha esta intenção, mas a queda artificial dos juros me fez vender a maior parte dos títulos públicos de que dispunha em 2011/2012, porque era a única forma de usufruir deste aumento do capital para uma melhor realocação na carteira.

      Estou aguardando o governo aumentar novamente os juros para me reposicionar em NTNB-Principal, por acreditar que o ativo está muito caro para uma reentrada neste momento.

      De resto, me encanta mais uma carteira que gere fluxo de caixa para uma melhor realocação - assim custará menos corretagem e tributos para ser administrada. Abraço!

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  2. Bem vindo à blogosfera, LdL!

    "Estou aguardando o governo aumentar novamente os juros para me reposicionar em NTNB-Principal, por acreditar que o ativo está muito caro para uma reentrada neste momento."

    Estou nessa também... aguardando o novo ciclo de aumentos da taxa selic acontecer para voltar a me posicionar no TD.

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    1. Obrigado pela visita e pelas boas-vindas, IdR!

      Imagino que ainda neste semestre recomece o ciclo de alta da SELIC. Enquanto isso não acontece, vou reservando o dinheiro para comprar os títulos.

      Já te adicionei a minha lista de blogs. Abraço!

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