domingo, 4 de julho de 2021

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o segundo semestre 2021

 

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.


O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus nas postagens anteriores, cujos links podem ser acessados aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui, aqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 1° semestre de 2021:

Ganhos/Gastos (comparação com 2020)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:    +2,83%         -2,38%*        +0,26%*
▲% dos Gastos:     -5,59%          -5,68%*         -5,63%*
*estimativa

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1° sem)       (2° sem)         (anual)
2021      60,65%        54,67%*        57,78%*
2020      66,06%        56,58%         61,38%
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%
*estimativa

Meta: 50%

Aportes - 
 proporção dos Aportes com relação aos Ganhos

             (1° sem)      (2° sem)      (anual)
2021     39,11%        45,00%*      42,00%*
2020     31,43%        42,26%       36,83%
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%
*estimativa

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2021       4,90%**
2020       4,89%
2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%

Meta: 5% 
**1º semestre

Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.

Com relação aos Ganhos:

Nos últimos dois anos a tônica foi de muito empenho para manter a renda numa crescente. Isso vem claramente sendo refletido nos últimos controles semestrais - inclusive este.

Vemos luz no túnel em que a pandemia nos meteu, é bem verdade... Mas ainda não temos como saber se é a da saída ou de outro trem, na contramão.

Por via das dúvidas, resolvi fazer uma previsão realista do que acredito receber até o fim do ano. E, espero, poder me sair melhor do que o orçado.


Com relação aos Gastos:

O objetivo de 50%, não vou mentir, é ambicioso.

Até a pandemia, o foco era tentar reduzir as despesas, mas sem maiores apertos; o foco estava 100% no incremento da renda ativa. E isso deu retorno.

Com a pandemia mudou tudo. 

Pelo isolamento social que conseguimos praticar aqui em casa ficou mais fácil controlar os gastos: de uma hora para outra, quase todo o consumo se concentrou em custos fixos e alimentação. Sem contar o cancelamento das férias (a ideia original era de viajarmos para a Espanha em 2020).

O resultado não pôde ser visto claramente ano passado porque, para ser possível criar um home office, compras foram feitas. Mas agora, com tudo equacionado, o foco na contenção das despesas ficou mais fácil no primeiro semestre. Torço para que se repita no segundo.

Com relação aos Aportes:

O aporte semestral ficou 61,40% acima do planejado e, no histórico, 12,41% acima da meta decenal (2015-2024).

O ideal é não depender dessa 'gordura' para alcançar a meta anual. Mas, diante das circunstâncias, dá um certo alívio saber que eu tenho alguma margem para trabalhar.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um aumento de 214,61% nos proventos recebidos quando comparados ao primeiro semestre de 2020.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 74,88% dos Gastos no semestre. Reflexo, em grande parte, da retenção dos lucros que as empresas realizaram em 2020.


Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2021 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No primeiro semestre ele cresceu 12,42%.

A divisão da carteira para 2021 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em junho ela se manteve longe disso (90,60% e 9,40%). Por
 ser a maior diferença entre classes de ativos que já tive, mesmo aportando dinheiro novo em renda fixa este semestre, a tendência é seguir nos aportes em renda fixa.

Nos primeiros seis meses de 2021 houve uma troca de ação na carteira. Saiu Cielo, depois de 2 anos em quarentena, e entrou B3. Os aportes reforçaram as posições de Metal Leve, M. Dias Branco e Porto Seguro, além da compra de NTN-F 010131.

Ambev, Grendene, Itaú e Lojas Renner não recebem aportes desde 2020. Taesa e Vale seguem sem novos aportes desde desde 2019. E, finalmente, a Weg, desde 2018.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do Tesouro Direto  em NTN-F 010131 e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). 

Não planejo mais vender nenhum ativo; a tendência, hoje, é acrescentar algum(s) ativo(s) na renda fixa.

Bom, era isso. Desejo a todos um segundo semestre mais tranquilo, na medida do possível.

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