Conjuntura
... E o semestre começou diferente.
Apesar do cenário ser o mesmo dos meses anteriores - redução da previsão do PIB, da arrecadação e do saldo da balança comercial combinado com o aumento do gasto público e do desemprego - o mercado resolveu dar uma trégua ao Ibovespa.
Os estrangeiros aceleraram o fechamento de suas posições vendidas do índice brasileiro em julho; o Banco Central, por sua vez, voltou a fazer sua atribuição institucional primordial: combater a inflação. Até o Governo resolveu não se envolver nos assuntos do mercado este mês!...
Se esta reação será duradoura... bem, ai dependerá de uma gama de fatores, inclusive externos. Nada garante que esta trégua perdurará por muito tempo. Aliás, o QE3 está por um fio nos EUA (há quem diga que a redução dos estímulos comece ainda em setembro, e não só em 2014), a Europa caminha para mais um ano de recessão, a China luta para tentar manter seu crescimento na casa dos 7% e o Japão não dá mostras de se recuperar da deflação. Por isso todo cuidado é pouco!
Movimentações da carteira
Foi como um antídoto à eventual paralisia decorrente de um cenário que despontava tão pessimista a decisão de amparar as decisões de investimento para julho no planejamento de longo prazo. Isto trouxe tranquilidade para fazer o dever de casa, independente das reações que o mercado poderia tomar. E método nestas horas vale muito mais do que dinheiro.
Feita a introdução necessária, nada de novidade com relação ao aporte mensal propriamente dito. A estratégia atual
foi mantida com a compra de BCFF11b, o que
reduziu a proporção deste ativo perante o XPGA11 para 65/35.
Com relação aos proventos, em julho ele foram decorrentes de 3 fontes pagadoras: CMIG3 (R$0,29/ação), XPGA11 (R$0,90/quota) e BCFF11b
(R$0,71/quota). Somados com alguns extras, tais valores me permitiram aportar
residualmente no mercado fracionário: parte para Souza Cruz, parte para
Banco do Brasil.
Quanto à renda fixa, uma vez que o meu objetivo no momento é diminuir a sua participação percentual na carteira apenas com os aportes, nenhuma alteração foi feita este mês.
Resultados
Baseando-me na planilha de cotas do amigo Além da Poupança, a carteira teve um bom começo de segundo semestre, emplacando uma valorização de 2,59% em julho. Isso reduziu as perdas no ano para -11,93%.
A redução das perdas só não foi maior porque os dois últimos pregões do mês queimaram parte da forte valorização das ações.
Desta forma, a carteira fechou julho assim:
Na divisão com base nos ativos, estou no momento com:
Ações: 33,9% CMIG3; 29,4% VALE5; 19,4% WEGE3; 8,5% ELPL4; 6,4% CRUZ3 e 2,4% BBAS3.
FII: XPGA11 64,6%; BCFF11b 35,4%
TD: NTNF010121 91,4%; NTNF010123 8,5%
Perspectivas para agosto
A estratégia da carteira para 2013 continua de pé: aporte mensal para BCFF11b até que volte o equilíbrio deste com XPGA11 e aporte residual para BBAS3 e CRUZ3 no fracionário.
Tal estratégia perdurará até outubro, no máximo novembro. A partir dai existem algumas possibilidades a serem consideradas.
Uma delas está na incorporação de novo(s) FII à carteira, com vistas à diversificação.
Outra possibilidade está no aproveitamento do aporte mensal para acelerar o objetivo de alcançar a proporção mínima de 10% nos ativos de RV - hoje estes aportes iriam para BBAS3, CRUZ3 e ELPL4.
Ainda vislumbro uma terceira possibilidade, que é usar o aporte mensal para adicionar um novo ativo à carteira de ações - hoje eu estudo a entrada em ETER3, AMBV3, CIEL3 e PSSA3.
Nenhuma delas foi
descartada, principalmente por ter ainda tempo para me decidir a respeito.
De resto, tenho proventos garantidos de XPGA, BCFF, Souza Cruz e Weg para agosto. Ainda espero boas novas do Banco do Brasil, cujo balanço será apresentado dia 13. E fico na torcida por um mês ainda mais leve do que acabou sendo julho. Bom início de mês a todos!
Já tive essa WEG há um bom tempo. Empresa muito bem gerida. Mas faz tempo que não acompanho. Suas empresas em estudo são ótimas.
ResponderExcluirUm abraço!
Valeu, Troll!
ExcluirAbraço!