quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2024

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço: eles passaram a ser mais importantes do que isto.

O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido.

Como já expus nas postagens anteriores, cujos links podem ser acessados aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aquiaqui, aqui, aquiaquiaquiaquiaquiaqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é: "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2023:


Ganhos/Gastos (comparação com 2022)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:   +33,84%         -2,43%        +12,90%
▲% dos Gastos:    +67,71%       +60,33%       +64,14%

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2023      73,23%        65,99%         69,62%
2022      58,44%        40,16%         47,89%
2021      60,65%        80,46%         71,44%
2020      66,06%        56,58%         61,38%
2019      78,86%        55,52%         66,73%
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2023     26,64%        33,88%       30,25%
2022     41,42%        59,71%       51,98%
2021     39,11%        19,34%       28,34%
2020     31,43%        42,26%       36,83%
2019     20,86%        44,22%       32,99%
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2023       9,84%
2022       8,21%
2021       9,69%
2020       4,89%
2019       5,98%
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%


Meta: 10% 
Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Depois de ver a renda ativa líquida praticamente dobrar nos últimos dois anos, começo 2024 com a certeza de que receberei 3,46% menos dinheiro que o ano anterior caso permaneça em berço esplêndido.

Assim, incrementar a renda ativa é um dever.



Com relação aos Gastos:

Como o cenário base para os próximos semestres é de estagnação, uma boa forma de contorná-lo é atuar de forma inteligente nas despesas.

Vendo os números produzidos no ano que passou, não aparenta ter sido esta a opção adotada por aqui.rs

No entanto, trataram-se de gastos pontuais que já rendem frutos na nossa qualidade de vida, como já havia explicado no post anterior.

Para 2024 espero retornar à meta de 50% dos ganhos, um cenário viável dentro das despesas esperadas.


Com relação aos Aportes:

O aporte de dinheiro novo no semestre ficou 44,64% abaixo do aplicado no segundo semestre de 2022. No ano, a redução foi de 34,30%.

Ainda assim, ele representou quase 2 anos e meio de aporte planejado. E a nova meta decenal, baseada na quantidade de ações possuídas, passou de 83% em junho para 91,5% em dezembro.

Neste ritmo, acredito que não terei problemas para alcançá-la antes do prazo estipulado (dez/2024).



Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra, declarado no IRPF) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um crescimento de 71,62% nos proventos recebidos quando comparados ao segundo semestre de 2022 (49,43% no ano).

Obrigado, Grendene e Metal Leve.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 54,22% dos Gastos no semestre (49,90% no ano).

Mas o mais legal é que o reinvestimento da renda passiva vem ganhando corpo. Este semestre ele representou 51,37% do capital investido (53,45% no ano). 

Em outras palavras, mesmo aportando acima do planejado, ainda assim a carteira foi responsável pela maior parte do dinheiro novo.

Isso vem sendo fundamental para turbinar não apenas os aportes, mas a própria renda passiva dos próximos semestres, já que os proventos são recebidos com base na quantidade de ativos possuídos - e eles seguem aumentando.



Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.


A meta de crescimento do patrimônio para 2023 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano ele cresceu 20,35%.

A divisão da carteira para 2023 ficou assim estabelecida: 80% ações e 20% TD. Mesmo aportando dinheiro novo em renda fixa, a diferença entre ambas permaneceu praticamente a mesma (90,94% e 9,06%). 

Nos últimos seis meses de 2023 não houve troca de ativos na carteira, apenas acumulação daqueles que já faziam parte da mesma. Os aportes reforçaram as posições de Ambev, B3, Grendene, Itaú, Lojas Renner, M. Dias Branco, Porto Seguro e Taesa.

Metal Leve segue sem novos aportes desde o primeiro semestre de 2023; Vale, desde 2021; e Weg, desde 2018.

Para o semestre que se inicia já foram reinvestidos os cupons do Tesouro Direto em novas NTN-F 010133. Além disso, prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento).

Não planejo vender nenhum ativo; a tendência, hoje, é seguir incrementando as posições já possuídas e, havendo uma oportunidade, acrescentar algum(ns) ativo(s) à carteira. 

Bom, era isso. Desejo a todos um excelente 2024!

6 comentários:

  1. Olá! Impressionante a sua organização e histórico de dados! Acho interessante a sua visão de longo prazo nas ações e como mantém uma mesma empresa há anos. Sua análise é estritamente fundamentalista com foco em dividendos? Não considera investir em Fiis?
    Abs,

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    1. Boa noite, AF. Bem-vinda!

      Eu já adotei várias abordagens. Inclusive já tive FIIs na carteira, entre junho de 2012 e abril de 2017.

      A atual é a que menos tempo me toma e melhores resultados proporcionou nesses quinze anos como investidor.

      Por isso não descarto retornar a investir em FIIs, mas no momento a tendência é de incluir mais 1 ou 2 ações mesmo.

      Abraço!

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  2. desde 1994, o real já perdeu mais 600% de seu valor frente ao dolar e continua perdendo
    espero que esteja investindo lá fora pra se proteger da inflacao aqui no BR


    abs!

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    1. Boa noite, Scant! Bem-vindo!

      Sigo estudando esta possibilidade, mas no momento a minha proteção contra a moeda nacional segue sendo investir em empresas exportadoras.

      Abraço!

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