segunda-feira, 11 de março de 2013

Objetivos da Carteira

A parte boa da introdução é poder explicar um pouco do todo. Só que isto acaba gerando algumas confusões.

Por exemplo: apontei o objetivo principal da carteira, mas não tive ainda a oportunidade de aprofundá-la. Além disso, existem ainda objetivos secundários que sequer foram mencionados.

Portanto, nada mais justo que começar a detalhar estes pontos, porque importantes na decisão de criar este blog. Antes de mais nada, preciso repassar algumas informações:

- trabalho na iniciativa privada;
- almejo ser funcionário público (estudo para isso);
- não tenho perfil empreendedor.

Neste contexto, independente de conseguir ou não uma nomeação, tenho certeza de que terei direito a receber um retorno na aposentadoria, ainda desconhecido, do INSS ou de um fundo de previdência complementar (imagino que também contratarei um plano de aposentadoria privada, mas este assunto deixarei para comentar em outra oportunidade).

O problema, e ai não depende de quem paga, é que o Brasil não tem condições de sustentar o modelo atual de Previdência. E mesmo com uma ampla reforma no modelo de contribuição - a moda hoje são os fundos complementares - nem isto garante que o valor calculado será o recebido futuramente, muito menos que o valor concedido será corretamente reajustado com o passar dos anos...

E ai você sai do lado teórico para o prático: dos 24 milhões de aposentados e pensionistas no Brasil, apenas 1% são independentes financeiramente. Outros 46% dependem de parentes, 28% estão na beira da miséria e 25% têm que continuar trabalhando, de acordo com levantamento do Instituto de Educação Financeira (Disop), baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se hoje já é assim, imaginem daqui 30, 40 anos.

Bem sei que levará tempo até que este futuro vire presente. Sendo assim, senti a necessidade de buscar outros objetivos para me motivar a investir e aproveitar este longo período da melhor forma possível.

Primeiramente, defini um valor como reserva de emergência e o separei.

Após ter esta garantia reservada, defini o capital inicial e estabeleci o crescimento do patrimônio desejado dividindo-o em anos e decênios, de forma a ter um valor - realista - claro para fazê-lo crescer.

Finalmente, acrescentei duas contas de despesa para ir reservando um pequeno valor que pode ser usufruído assim que a meta anual ou decenal sejam cumpridas. Fiz isto porque me parece muito mais motivador você correr atrás de um sonho do que um número. E também faz mais sentido gastar um dinheiro que não fará falta nos aportes do que comprometê-los por pura falta de organização.

Aliado a isto, defini certas atitudes a serem seguidas, para ajudar a manter o foco. A saber:

- estudar para incrementar a renda, tanto internamente, visando promoções, quanto para concursos;
- manter as despesas próximas da média dos 3 anos anteriores;
- buscar a equivalência entre a renda passiva e as despesas;

Interessante perceber que em momento algum foi fundamental saber onde e no quê investir. Também não foi necessário um combate ardoroso das despesas: num primeiro momento, basta que o valor destinado ao aporte não faça falta no custeio das despesas; depois, que o valor da renda passiva alavanque o valor do aporte - e tudo ficará bem.

Longe do limite do cheque especial, adiantamentos e empréstimos para cobrir dívidas com supérfluos. Sempre.

Acredito, com base na minha ainda pequena experiência de mercado, que estabelecer essas metas e definir a forma de como alcançá-las foi fundamental para descobrir qual perfil de investidor eu pretendo ser daqui em diante. Mas mais importante que o perfil foi determinar o melhor método para alcançar meus objetivos.

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