sexta-feira, 5 de julho de 2019

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o segundo semestre 2019

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.


O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 1° semestre de 2019:

Ganhos/Gastos (comparação com 2018)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:    +4,93%         +1,82%*        +3,30%*
▲% dos Gastos:     +5,07%        -19,87%*         -6,97%*
*estimativa

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2019      78,86%        52,84%*        65,46%*
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%
*estimativa

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2019     20,86%        40,15%*      30,79%*
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%
*estimativa

Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2019       3,71%**
2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%
** 1º semestre

Meta: 5% 

Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Variação pequena, mas positiva. Demonstrou que o empenho em incrementar a renda ativa segue fazendo efeito.

O desafio agora é encontrar formas de turbinar o desempenho, de forma a superar a previsão do segundo semestre. E também de encontrar formas de mantê-lo positivo no médio/longo prazo.


Com relação aos Gastos:

Reflexo de um maior controle, o aumento desta rubrica neste semestre só ocorreu porque antecipei impostos e taxas com desconto.

Tudo correndo a contento, meu custo de vida retornará a níveis de 2017, em valores absolutos, mas percentualmente no melhor nível desde 2015. Sigo ainda distante dos 50% desejados, mas hoje sinto que estou no caminho certo.

Com relação aos Aportes:

Em valores absolutos, o aporte neste semestre ficou 26,64% abaixo do planejado e 7,02% abaixo da meta decenal (2015-2024).

Para o segundo semestre, até pela já explicada redução nas despesas correntes, espera-se um incremento considerável nesta rubrica. Eu inclusive tenho como meta zerar o déficit formado nos últimos 5 semestres. E alcançar este objetivo seria algo fantástico.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um acréscimo de 35,48% nos proventos recebidos quando comparados ao mesmo período de 2018.

Desconsiderando o lucro decorrente da alienação da minha posição em Portobello, os proventos retraíram 17,01%, em grande parte decorrentes da suspensão do pagamento de dividendos da Vale.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 38,89% dos Gastos no semestre. Sigo distante do objetivo primário (100%), mas consigo enxergar evolução neste quesito.

Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2019 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano ele já cresceu 12,77%.

A divisão da carteira para 2019 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em junho ela se manteve longe disso (87,33% e 12,67%). 

Sei que a concentração em RV é uma opção arriscada, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encorajam a correr.

Nos primeiros seis meses de 2019 houve uma troca de ativos carteira: em maio decidi vender minha posição em Portobello e em junho comecei a comprar ações de Porto Seguro, o que manteve a quantidade de ativos em carteira inalterado. Além disso, os aportes reforçaram as posições de Ambev, Grendene, Itaú, Lojas Renner e M. Dias Branco.

Taesa, Weg e Cielo seguem sem novos aportes desde 2018. Vale, desde 2017.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do TD (NTN-F 010129) e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento).

A tendência é concentrar os aportes em Porto Seguro, até pela mesma ainda representar muito pouco dentro da carteira. Mas a análise será mensal e o aporte pode seguir para a renda fixa ou outro(s) tipo(s) de investimento.

Bom, era isso. Desejo a todos um ótimo segundo semestre!

6 comentários:

  1. Os aportes são a base da riqueza, continue nesse caminho.
    Quanto à frase 'Sei que a concentração em RV é uma opção arriscada', eu discordo, no momento, o arriscado é ficar de FORA da bolsa e perder os grandes ganhos. Esses momentos acontecem poucas vezes na vida. Estou 100% ações. Abs.

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    1. Bom dia, Kamestocks. Bem-vindo!

      No planejamento me referia ao risco de estar concentrado em poucas ações. Não só no % elevado.

      Com relação a oportunidades, sempre bom levar em conta que nosso país emula uma small cap. Oportunidades sempre existirão enquanto nosso voo for de galinha. Feliz e infelizmente.

      Abraço!

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  2. Muito bacana. Parabéns!
    Só não compreendi porque vc investe em NTN-F no TD... Não seria mais interessante investir em títulos atrelados ao IPCA? Se possível, nos explique sua estratégia em relação às NTNF-F

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    1. Boa tarde, SR. Bem-vindo!

      Eu sempre gostei de NTN-F por ele ser, a meu ver, um título mais rentável que a LFT e mais previsível que a NTN-B.

      Abraço!

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  3. Entendi. Mas você não se preocupa com a questão de uma eventual disparada da Inflação/IPCA? A escolha por um título que paga cupons visa amenizar o risco de "duration" por se tratar de um título de longo prazo?...tem também a questão de pagamento constante de IR com o recebimento de cupons, o que seria diferido em títulos sem cupom....eu sempre pensei em investir em títulos com cupons, mas todas essas questões me levaram, até o momento, a não investir neles...talvez as suas respostas me convençam do contrário rs. Parabéns mais uma vez!

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    1. Desde 2010, quando comecei a investir em TD, o IPCA variou entre 4,5% e 6,5% em 8/10 anos. Variação totalmente dentro da meta perseguida pelo CMN.

      Apenas em 2015 (10,64%) e em 2017 (2,95%) a inflação não seguiu este padrão. Exceções que só confirmaram ser confiável a atuação do Banco Central no controle da inflação.

      Como a rentabilidade média dos títulos NTN-F sempre figurou na casa dos 2 dígitos dentro desse período - com exceção de 2013 e 2018 - me pareceu ser um bom negócio seguir neste investimento.

      Mas, a permanecer com taxas tão baixas, é muito provável que eu comece a reinvestir os cupons em outro papel. Por muito pouco os cupons deste semestre não foram investidos em LFT.

      Com relação a ter ou não títulos com cupons, vai de cada um. Como você mesmo já constatou nos seus estudos, existem prós e contras em optar por receber os juros antecipadamente.

      Eu mesmo já cogitei mesclar os dois tipos de títulos, mas me senti mais confortável dentro desta estratégia. E agora, como comentei acima, nem tanto.

      Abraço!

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