segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o primeiro semestre 2019

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.


O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 2° semestre de 2018:

Ganhos/Gastos (comparação com 2017)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:  +23,26%          +1,78%       +11,01%
▲% dos Gastos:   +19,69%        +11,01%       +15,33%
*estimativa

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2018      78,76%        67,14%         72,69%
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%

Meta: 30%; Desejável: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2018     18,46%        31,73%       25,39%
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%


Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2018       6,20%
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%

Meta: 5% 

Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Semestre de consolidação. E de superação.

A queda da renda ativa já era esperada, mas foi menor do que o previsto em julho deste ano. Posso creditar isto à própria previsão de queda, porque ela me fez trabalhar em maneiras de compensar isso de forma definitiva (promoções) e de forma extraordinária (substituições). 

Esta estratégia, que mais parece uma contra-ofensiva, rendeu bons frutos agora e me traz excelentes perspectivas para o próximo semestre, já que ele também tinha uma previsão negativa nos ganhos e, agora, tem grandes chances de ser um semestre bastante positivo. A conferir.


Com relação aos Gastos:
 
Aqui o sinal vermelho acendeu em julho, como já explicado no controle anterior

De fato, ganhei qualidade de vida ao remover em definitivo as 'pedras' que estavam no meio do caminho mas, por mais nobres que tenham sido os motivos, eles não me deixaram numa posição  de caixa livre confortável. E isso prejudicou, inclusive, o meu poder de aporte, que tratarei mais adiante.

Por acreditar ser inadmissível estar tão distante da meta desejável de longo prazo (50%), mesmo sabendo que, por ora, a meta possível seja de 35~40%, para 2019 o foco nesta rubrica segue sendo prioridade por aqui.


Com relação aos Aportes:

O aporte anual ficou 10,85% abaixo do planejado anual e 4,57% abaixo da meta decenal (2015-2024), resultado direto do desajuste nos gastos dos últimos quatro semestres.

Para 2019 o foco será corrigir estas distorções e colocar o que é de minha inteira responsabilidade nos trilhos. Ainda é uma correção de rota pequena e isso precisa ser aproveitado o quanto antes, porque as projeções de longo prazo dependem necessariamente do que faço com meu dinheiro hoje.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um acréscimo de 72,49% nos proventos recebidos quando comparados ao mesmo período de 2017 - o que resultou num rendimento passivo 54,29% superior ao do ao passado inteiro.

2018 só não foi o melhor ano de renda passiva  por míseros 2%. Esta foi a diferença entre ele e 2014.

Mas aqui ele possui uma vantagem sensacional: há 4 anos atrás eu ainda realizava trades, coisa que abandonei em definitivo a partir de 2015. Assim, é possível afirmar que a renda passiva deste ano representa melhor a capacidade geradora de renda da carteira que a realizada à época.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 33,22% dos Gastos no semestre (31,68% no ano).

Um crescimento expressivo com relação aos anos anteriores, mas ainda distante do cenário existente em 2014, onde esses mesmos valores foram capazes de arcar com a totalidade das despesas anuais.

Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2018 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No ano ele cresceu 7,32%.

A divisão da carteira para 2018 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em dezembro ela se manteve longe disso (87% e 13%).

Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encorajam a correr.

Nos últimos seis meses de 2018 não houve acréscimos à carteira, apenas rebalanceamentos. Os aportes reforçaram as posições de Ambev, Cielo, Grendene, Lojas Renner, M. Dias Branco e Weg.

Itaú segue sem novos aportes desde 2016. Vale, desde 2017.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do TD (NTN-F 010129) e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento).

O acréscimo de um novo papel está, num primeiro momento, descartado, uma vez que o ideal, no meu ponto de vista, é balancear os 10 ativos que possuo atualmente na RV antes de pensar em acrescentar outro(s). Muito mais pelo aporte ser pequeno do que pela necessidade de diversificação.

Bom, era isso. Desejo a todos um ótimo primeiro semestre!

2 comentários:

  1. Legal fazer esse levantamento e acompanhamento. tenho que dar uma olhada também, más acredito que minha renda passiva está cobrindo cerca de 30% dos meus gastos. abraço Longe do Limite.

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    1. Em parte o levantamento é um atestado de velhice, Beto. São tantos anos que, sem um resumo, dá preguiça de acompanhar a evolução das rubricas.rs

      Abraço!

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