quinta-feira, 5 de julho de 2018

Planejamento da carteira - controle, projeção e plano de ação para o segundo semestre 2018

Desde que estabeleci objetivos para o meu dinheiro, janeiro e julho deixaram de ser meros meses de balanço; eles passaram a ser mais importantes do que isto.

O fechamento do semestre passou a ser um ponto de chegada/partida importante para a análise do planejamento estabelecido. E como já expus 
aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, e aqui, a pergunta que me faço nestas horas é "como estou me saindo?"

Eis a resposta atualizada, tendo por base os dados do 1° semestre de 2018:

Ganhos/Gastos (comparação com 2017)

                               (1° sem)        (2° sem)         (anual)
▲% dos Ganhos:  +23,26%        -11,39%*        +3,51%*
▲% dos Gastos:   +19,69%        -12,66%*        +3,46%*
*estimativa

Proporção dos Gastos com relação aos Ganhos:

             (1º sem)       (2° sem)        (anual)  
2018      78,76%        60,68%*        69,93%*
2017      81,10%        61,56%         69,96%
2016      73,14%        68,47%         70,71%
2015      49,05%        49,20%         49,12%
2014      43,45%        30,71%         35,98%
2013      48,49%        22,37%         33,58%
2012      45,91%        15,52%         27,45%
2011      67,71%        24,09%         40,11%
2010      66,53%        30,70%         44,55%
2009      80,14%        34,32%         51,25%
*estimativa

Meta: 50%

Aportes - proporção dos Aportes com relação aos Ganhos:

            (1º sem)      (2° sem)       (anual)
2018     18,46%        36,00%*      27,00%*
2017     13,97%        35,84%       26,43%
2016     30,20%        19,73%       24,76%
2015     46,76%        48,74%       47,68%
2014     45,53%        57,84%       52,23%
2013     34,04%        65,88%       52,60%
2012     42,67%        67,89%       56,12% 
2011     16,89%        67,45%       48,36%
2010     26,80%        61,16%       46,93% 
2009     14,36%        59,37%       45,18%
*estimativa


Renda Passiva (Yield) da Carteira:

2018       3,12%**
2017       3,73%
2016       3,51%
2015       4,35%
2014      10,14%
2013      11,82%
2012       9,17%
2011       7,52%
2010       5,00%
2009       8,89%

Meta: 5% 
**1º semestre


Uma vez apresentadas as variáveis, passo a comentá-las.


Com relação aos Ganhos:

Semestre de consolidação: o crescimento da renda ativa neste semestre e a previsão de queda para o próximo são fruto da troca de emprego, ocorrida em abril de 2017.

De um lado, acréscimo do salário nos 3 primeiros meses do ano; de outro, verbas indenizatórias decorrentes da mudança de cargo que, por serem extraordinárias, não são esperadas para o segundo semestre de 2018.

Com a consolidação deste novo patamar, já possuo meios de calcular quanto a mudança de cargo me beneficiou financeiramente: uma alta da renda ativa de aproximadamente 37% entre 2016 e 2018.


Com relação aos Gastos:
 
Em maio havia feito um esboço de como estava evoluindo bem a redução dos meus gastos ordinários. Não fosse a minha viagem de férias e seus custos de deslocamento terrestre, chip, alimentação, passeios, lembranças e compras diversas, todos pagos em moeda local (euros), eu demonstraria aqui uma bela redução nesta rubrica.

E então veio junho...

Para resumir: as despesas extraordinárias deste mês custarão quase 1 mês inteiro de renda ativa.

Como estas despesas têm um bom motivo, meu consolo é que posso considerá-las como investimento em qualidade de vida.rs

Com relação aos Aportes:

A meta de aporte semestral ficou 38,11% abaixo do planejado, valor este ligeiramente superior ao custo dos euros adquiridos em março.

Para o segundo semestre o objetivo é compensar com folga esta diferença.

Assim, a única herança das minhas férias serão as boas lembranças.

Com relação ao Yield:

A base de cálculo do Yield aqui apresentado é diferente da que divulgo mensalmente, pois ela leva em conta o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do ano anterior; já o Yield divulgado mês a mês tem por base o patrimônio bruto (preço de compra) do fechamento do mês em questão.

Em valores absolutos, houve um acréscimo de 51,85% nos proventos recebidos quando comparados ao mesmo período de 2017. Isso já corresponde a 76,27% de tudo que recebi neste quesito em 2017.

E, de quebra, os meses de março e maio bateram recordes de rendimento na comparação com seus pares dos anos anteriores.

Outro ponto a ser destacado com relação aos proventos recebidos é que eles corresponderam a 30,24% dos Gastos no semestre (35,01%, se excluirmos a compra dos euros desta conta).

Acredito ser importante fazer também alguns esclarecimentos.

A meta de crescimento do patrimônio para 2018 é a mesma dos anos anteriores: 30%. No semestre ele decresceu -8,22%.

A divisão da carteira para 2018 ficou assim estabelecida: 80% Ações e 20% TD. Em junho ela se manteve longe disso (87-13).

Sei que a concentração em RV é um tanto perigosa, mas é um risco que o tamanho ainda reduzido do meu patrimônio, minha pouca idade e o momento da bolsa me encorajam a correr.

Nos primeiros seis meses de 2018 acrescentei um novo ativo à carteira: Lojas Renner. Além dela, os aportes reforçaram as posições de Cielo, M. Dias Branco, Portobello, Taesa e Weg.

Até aqui não houve aporte em Ambev, Grendene, Itaú e Vale. Itaú vem sem novos aportes desde 2016.

Para o próximo semestre já foram reinvestidos os cupons do TD (NTN-F 010129) e prosseguirei com o balanceamento da carteira, nos moldes do que já venho fazendo (aporte + reinvestimento). O acréscimo de um novo papel está, num primeiro momento, descartado, uma vez que o ideal, no meu ponto de vista, é balancear os 10 ativos que possuo atualmente na RV antes de pensar em acrescentar o próximo. Muito mais pelo aporte ser de formiguinha do que pela necessidade de diversificação.


Bem, era isso. Desejo a todos um ótimo segundo semestre!

4 comentários:

  1. Caramba, que consistência nos registros, boa iniciativa!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. "O que pode ser medido, pode ser melhorado." (Peter Drucker)

      Se ainda não fez o seu controle, faça. Compensa e dá menos trabalho do que parece.

      Abraço!

      Excluir
  2. Fantástica estratégia. Faço sempre meus balanços semestralmente também, mas algo bem mais básico. Vou tentar melhorar isso em mim. hehehe
    De todo caso, carteira excelente. Penso igual a você. Renda variavel pode ser um risco, mas quando bem gerida (o que é o caso)é a melhor coisa a se fazer. Aos poucos estou migrando também quase que totalmente minha carteira para a Bolsa. Veremos com o passar do tempo como nos saímos.
    Sigo acompanhando.
    Abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo apoio, PPI!

      Os meus também eram bem simples até resolver compartilhá-los por aqui, em grande medida pelo exercício que preciso fazer para explicar números que não desejo expor.

      Com relação à renda variável, eu me sinto confortável com a alocação atual da carteira, mas tenho plena consciência que estou correndo um risco considerado alto. Por isso só invisto em ações o dinheiro que não preciso, tampouco espero precisar.

      Abraço!

      Excluir